Variedades
Andar de ônibus é atividade rotineira para
milhares de brasileiros. Por opção ou por necessidade, é preciso enfrentar, muitas
vezes, um trajeto não muito confortável de viagem, pois há o entendimento de
quem estrutura o transporte público de que quão mais curta a jornada maior a
aceitabilidade em se andar em pé. Assim, acaba-se pagando por passagem e ainda
tendo de ter o desconforto de ficar em pé junto com outras vinte, trinta,
quarenta pessoas. Pode ser que, por um lado seja bom: se o motorista for um
pouco ‘maneta’ ao dirigir, em uma manobra brusca estão todos compactados, sem
poder se mexer mesmo... então ninguém cai nem se machuca...
[Imagem: A Rede] |
Brincadeiras à parte, nos horários de pico
a tarefa de se equilibrar no ônibus é mais simples, pois estes não desenvolvem
velocidades consideráveis, já sendo ótimo quando estão andando. Mas, em
horários de trânsito desafogado, os ônibus costumam desenvolver velocidades
maiores, o que implica em alguns efeitos durante curvas ou frenagens.
Se você estiver sentado, apoiar sua mão no
banco da frente e empurrar-se de leve contra o seu banco é uma alternativa
adotada por quase todas as pessoas. Ela faz sentido apenas quando se quer
evitar machucar-se em caso de frenagem, e não quando em curvas, pelos motivos
que serão apresentados a seguir.
Durante uma curva, o corpo é submetido a
forças horizontais que tendem a ‘empurrar’ o indivíduo para o lado oposto da
curva. Isto é explicado pelas Leis de Newton, onde a Inércia do corpo tende a
mantê-lo em movimento retilíneo, como acontecia com o ônibus em que ele estava.
Assim, restringir o movimento à sua frente não irá resolver nada.
Pessoas que viajam em pé no ônibus adotam
diferentes posições. Uma delas é a de pendurar as duas mãos sobre um tubo
metálico longitudinal e ficar viradas para o lado das janelas. Esta posição
favorece um efeito ‘dobradiça’ e elas, durante as curvas, costumam se ‘deitar
em cima’ das pessoas sentadas, não restringindo em nada possíveis situações
incômodas. A Física explica a facilidade em perder o equilíbrio por estar
submetendo o corpo a momentos fletores em torno do eixo de menor inércia do
corpo.
Outras, por sua vez, costumam se agarrar a
dois tubos verticais. Há uma restrição maior no caso de frenagens, mas
necessitaria de um esforço maior para evitar movimentos indesejados em curvas.
Também impede que mais uma pessoa possa aproveitar o aparato para se
equilibrar.
Então, em caso de curva ou para a
movimentação em geral, uma pessoa em pé deve ficar virada no mesmo sentido dos
passageiros sentados e sustentar-se por um único braço. Quando em curva, deve
se reclinar para o lado da curva, de maneira semelhante aos motociclistas. Isso
faz com que se tenha maior equilíbrio nas forças horizontais e evita possíveis
quedas. Quem está sentado deve ter postura semelhante, porém não precisa se
apoiar em nada: o movimento que surge é horizontal e transversal ao ônibus, e
lembre-se: não adianta se escorar na frente!
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