Cultura e Comportamento
A sexualidade é um ponto importante na vida
das pessoas, para a qual cada um tem opiniões e conceitos diferentes, segundo
seu comportamento pessoal, seu estilo de vida, sua vontade ou não de aliar o
tema a uma relação estável, enfim, é um assunto bastante complexo. Problemas
sérios, que podem ocorrer mesmo em ambiente familiar, como a pedofilia ou a
gravidez precoce estão por aí e, infelizmente, estão longe de acabar. Se o
remédio para muitos problemas é o conhecimento, será que falar de sexo desde
quando somos crianças é a melhor solução?
[Imagem: Extra] |
Se
formos observar o tempo em que somos crianças e que a vida é extremamente bela
e encantadora, este tempo é bastante curto para ser dispendido com um tema que
não deve ser de interesse de uma criança, que não possui maturidade nem
estrutura física para lidar com o tema. A puberdade vem para as meninas logo
aos dez anos de idade, mas isso não significa que, psicologicamente elas sejam
mulheres, mesmo que o corpo passe a apresentar novas curvas e os seios comecem
a se desenvolver. O mesmo vale para os meninos.
Dois
exemplos polêmicos de abordagem do tema ‘sexualidade’ para crianças podem ser
citados. Um deles é o livro, que chegou a ser recomendado pelo MEC para escolas
públicas e privadas, chamado "Aparelho Sexual & Cia, Um guia inusitado
para crianças descoladas", escrito pela autora francesa Hélène Bruller e
editado no Brasil desde 2007 pela Companhia das Letras. Como mostrado na imagem
(abaixo), ele inclusive mostra, com o fechamento de páginas, o mecanismo do
sexo.
[Imagem: Elite Policial] |
Além
disso, outras dicas como o Kama Sutra (famoso manual indiano) são abordadas. O
segundo exemplo está em uma prova aplicada aos alunos do ensino fundamental em
Curitiba, onde um cartum com conotação sexual (veja na imagem abaixo) foi usado
para a elaboração de redações. Os responsáveis alegaram que a imagem foi
reproduzida em escala de cinza e em tamanho pequeno, e que muitas crianças não
ficaram curiosas ou simplesmente nem entenderam todo o sentido da charge, e,
mesmo assim, avaliaram que houve erro na escolha. A partir daqui chegamos aos
pontos fundamentais de nossa pergunta-título: curiosidade e necessidade.
[Imagem: José Vaillant] |
Para
as crianças em geral, como diz a máxima popular, ‘só serve para fazer xixi’. Se
não houver nenhum tipo de curiosidade, praticamente não cabe mesmo falar sobre
o assunto. Já se a criança for realmente muito curiosa, pode ser importante
evitar situações que remetam ao desenvolvimento da sexualidade, e ter atenção
maior do que com uma criança não curiosa, ao tratar em partes do tema que são
extremamente necessárias.
Orientar
as crianças a não se trocar na presença de estranhos ou dar confiança, ou mesmo
deixar ser tocada em partes íntimas é realmente necessário, porém sem explicar
qual o real motivo. Também é fundamental explicar às crianças que é importante
tratar com respeito a todas as pessoas, mesmo que sua família ou sua religião não
concordem com a estrutura familiar que elas assumiram, afinal tratar com
respeito e concordar são coisas diferentes. Outro ponto importante é ensinar
que não se deve praticar bullying com meninos ou meninas ou mais calados, ou
que joguem esportes ‘típicos’ do outro gênero, ou que não tenham um ‘namoradinho(a)’,
porque isso pode não significar absolutamente nada.
Por
fim, ao chegar à pré-adolescência ou puberdade, onde os perigos são maiores
(além da pedofilia surge a gravidez precoce), é importante partir para uma
conversa mais séria. Neste momento, os pré-adolescentes (quase crianças ou
bebês-da-mamãe ainda) devem ser orientados sobre como proceder quanto à
sexualidade e sobre o ato em si. Mas isso não significa estimular a prática
sexual, pois não há necessidade disso em uma idade onde o corpo está evoluindo
mas a maturidade não vai no mesmo ritmo. Deve-se expor também os porquês de não
pular esta etapa tão bonita da vida que é a pré-adolescência e não iniciar uma
vida sexual ativa.
Assim,
chegamos ao post com a seguinte resposta: não existe idade adequada, afinal
esta seria uma conversa que nem deveria existir, pois criança tem que ser
criança, não devendo imitar em nada um adulto. Mas, para proteger estes
pequenos seres, apenas alguns pontos, de maneira bastante sucinta e respeitosa,
devem ser abordados, com muito cuidado.
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