Imigração espanhola no Brasil

História


A América do Sul se destaca por ter uma grande parcela de sua população de origem espanhola, principalmente por conta das origens coloniais. Mas, mesmo com a colonização brasileira ter-se dado por Portugal, houve contribuição espanhola na formação do Brasil, porém em outro período histórico, entre os séculos XIX e XX, durante os primeiros anos do Brasil República. 

Toreadora
[Imagem: Ouriço]


Uma complicada situação nos campos espanhóis fez com que milhares de pessoas viessem para o Brasil, vindo compor a mão-de-obra que trabalhou nas lavouras de café, em conjunto com outros povos, como o italiano. Dentre os povos que migraram para o Brasil, os contingentes de espanhóis oscilaram entre o segundo e o terceiro maior volume de migrantes. Segundo o site do IBGE sobre os 500 anos de Brasil, podemos ilustrar, segundo fontes espanholas e brasileiras, os valores de imigrantes, mesmo sem haver um consenso:

(1890 - 1940)
[Gráfico: Brasil 500 anos / IBGE]

Diferentemente dos italianos, em que, alguns casos conseguiram ascender economicamente, o mesmo não foi uma verdade mais próxima dos espanhóis. Quando veio a acontecer, foram casos de espanhóis que viveram na cidade e não no campo. Proporcionalmente, a colonização espanhola se deu, em sua maior parte, em regiões urbanas, sendo considerados grandes contribuintes na formação da metrópole de São Paulo. Santos, Rio de Janeiro e Salvador foram os principais polos de imigração espanhola, com alguns pequenos contingentes no Sul do país.

Não menos difícil foi a situação dos espanhóis ao chegar, tendo ocupado posições de emprego mais desfavoráveis e locais de moradia popular, juntamente com o povo negro, que também vinha de uma situação complicada após a abolição da escravatura.
Da imigração espanhola veio o termo Galego, que, ao contrário do que algumas pessoas acreditam, não significa o mesmo que ser loiro, mas sim ter vindo da região espanhola da Galícia. Especificamente esta etnia ficou concentrada na cidade do Rio de Janeiro.

Por fim, uma das características mais marcantes da imigração espanhola foi a formação de grupos de auxílio aos carentes e necessitados, evoluindo em sindicatos e, mais tarde, no levante da bandeira do Anarquismo, que defendia os sindicatos como núcleos de poder, em detrimento do sistema de Estado vigente.

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