Inter de Milão e PSG chegam à final da Champions League: veja detalhes da trajetória e das semifinais

 Esporte

 

A primeira edição da UEFA Champions League disputada em novo formato — com uma fase classificatória que passou de seis para oito jogos e ainda adicionou mais uma etapa de mata-mata à competição — chegou ao seu último jogo. Após a definição das quartas de finais, Barcelona-ESP, Paris Saint Germain-FRA, Inter de Milão ITA e Arsenal-ING foram os 4 sobreviventes que ainda sonhavam com a grande final.

 

Com as semifinais concluídas e jogos que já marcaram a história da competição (no placar agregado: Arsenal 2 x 3 PSG, Barcelona 6 x 7 Inter), a decisão do dia 31 de maio, em Munique, entre PSG e Inter de Milão, pode tanto trazer vencedor inédito ao hall campeões da Champions quanto elevar um time ao patamar de tetracampeão da mais prestigiada competição entre clubes do mundo.

 

Veja como as equipes chegam para essa importante disputa e prepare-se para acompanhar, torcer e mesmo apostar na Champions League.

 

Vendo a taça da competição

[De olho na taça. Imagem: Flickr | Reprodução]


 

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NOVA ERA DO PSG JÁ MARCA SEU PRIMEIRO GRANDE FEITO AO CHEGAR NA FINAL

 

Desde a chegada do Qatar Sports Investments ao PSG em 2012, a equipe da capital francesa aposta em nomes midiáticos para engrenar o projeto esportivo — tendo como seu melhor resultado até um vice da competição em 19/20. Thiago Silva, Ibrahimovic, Beckham, Marquinhos, Dí Maria, Neymar, Mbappé, Messi e outras estrelas já passaram pelo clube nesses treze anos de intenso investimento. Apesar das altas cifras pagas aos jogadores se manterem, com o Paris Saint Germain ainda mantendo a maior folha salarial da Europa, os nomes em que os franceses e cataris seguem investindo seus milhões de euros passaram de grandes nomes para jogadores interessados em se estabelecerem como referências com a ajuda do PSG.

 

A aposta, portanto, parece ter dado certo. Os investimentos foram focados em promessas francesas e portuguesas — como Bradley Barcola, Desiré Doué, Vitinha e João Neves, além de apostar na recuperação de nomes como Ousmane Dembelé e Lucas Hernandez para serem referências experientes e oferecerem suporte aos jovens. A única contratação que remete aos tempos passados do projeto esportivo é Kvicha Kvaratskelia, atacante georgiano eleito o craque do último Campeonato Italiano além de ter faturado o "Scudetto" com o Napoli-ITA.

 

O resultado disso tudo é um PSG com mais "cara de time": mais coeso, leve e coletivo do que qualquer outra versão. Nas competições nacionais, é finalista da Copa da França e já faturou a Ligue 1 com uma margem que girou em vinte pontos de vantagem. Já na Champions, apesar do início turbulento e classificação aos playoffs como décimo-quinto, acelerou no mata-mata ao derrubar Stade Brestois-FRA, Liverpool-ING e Aston Villa-ING antes de vencer as semis frente ao Arsenal e igualar a melhor campanha da história do time na competição.

 

EFICIÊNCIA OFENSIVA E MILAGRES DE DONNARUMMA GARANTEM CLASSIFICAÇÃO FRENTE AO ARSENAL

 

No confronto que colocou frente a frente duas equipes jovens, dinâmicas, versáteis (ambas jogam sem centroavante de ofício) e muito perigosas, eficiência ofensiva e defensiva foi a palavra de ordem que diferenciou PSG de Arsenal e garantiu a classificação dos franceses. Na ida, Dembelé abre o placar logo aos 3 min no Emirates Stadium (casa do Arsenal) e já muda o panorama do confronto. Apesar das investidas dos ingleses em seus domínios levarem algum perigo, uma atuação inspirada do goleiro italiano Gianluigi Donnarumma fez toda a diferença para frear o ímpeto do time inglês no segundo tempo.

 

O jogo de volta já teve uma postura diferente: dessa vez no Parque dos Príncipes, foi o Arsenal quem logo de cara pressionou os donos da casa e parecia mais próximo de abrir o placar. Os problemas foram não somente mais defesas antológicas de Donnarumma (especialmente nas finalizações de Odegaard e Martinelli) como os perigosos contra-ataques do PSG.

 

Em uma das poucas, mas promissoras subidas do PSG ao ataque na primeira etapa, Fabián Ruiz abre o placar na sobra do levantamento na área. Como era de se esperar, os Gunners mantêm a pressão e vão se abrindo na segunda etapa, mas em mais uma descida rápida Hakimi faz 2 a 0. A equipe inglesa até desconta com Saka — que pouco depois perde gol que seria de empate sem goleiro — mas não transforma seu volume de jogo em gols suficientes para superar o placar agregado dos franceses.

 

A SEMPRE PERIGOSA INTER DE MILÃO CHEGA MAIS UMA VEZ

 

Chega à decisão também um gigante italiano que muitas vezes é subestimado, até por conta do momento de menor destaque do futebol italiano frente aos demais grandes centros europeus. Mas independentemente do estado do futebol na Itália, a Inter de Milão mostra sua força mais uma vez, sendo também o time dentre os semifinalistas que tem a participação em finais mais recente, quando encarou o Manchester City-ING em 2023 apesar de perder por 1 a 0.

 

Com o forte sistema defensivo de três zagueiros se mantendo como destaque, sofrendo somente cinco gols na UCL até o fim das quartas, a Internazionale agora vê uma evolução considerável nos últimos anos quanto à variedade ofensiva apresentada. Antes muito concentradas no jogo aéreo e na boa fase de seus atacantes, hoje a Inter é plenamente capaz de agredir as defesas adversárias de diferentes maneiras.

 

O jogo de alas ofensivos com Dimarco e Dumfries, o meio mais participativo no último terço com Fratessi, Barrella e Çalhanoglu e até mesmo a liberdade que zagueiros como Bastoni e De Vrij possuem para avançar e construir jogo complementam muito bem a excelente fase vivida pelo ataque. Marcus Thuram se mostrou ser o parceiro ideal para Lautaro Martínez — centroavante argentino que, para muitos, faz uma temporada digna de brigar pela Bola de Ouro.

 

Dessa forma, a equipe italiana derrubou o Feyenood-HOL e o poderoso Bayern de Munique-ALE para se firmar mais uma vez entre as principais forças do futebol mundial. No confronto direto com o melhor ataque da competição, a Inter vai à decisão como um dos únicos times que foi capaz de frear o Barcelona e, ao mesmo tempo, atacar com eficiência para chegar a mais uma final.

 

SÉRIE DE JOGOS ENTRE INTER E BARCELONA ENTRA, MAIS UMA VEZ, PARA A HISTÓRIA DA UCL

 

Se de um lado o confronto era de postulantes ao primeiro título, por outro, Inter e Barcelona reunião multicampeões da Champions — fazendo, inclusive, as marcantes semifinais de 2010 em que a Internazionale de José Mourinho bate, no agregado, o Barcelona de Pep Guardiola antes de conquistar o título daquele ano.

 

O 7 x 6 (3 x 3 no Camp Nou e 4 x 3 para os italianos no Giuzeppi Meazza) resultante do placar agregado fala por si só. Desde o jogo de ida, a alternância de domínio do jogo e momentos de destaque ditaram o ritmo do confronto.

 

Prova disso foi o início avassalador da Inter a ida, abrindo 2 x 0 com 21 min de jogo — Dumfries e Thuram — mas que teve a pronta resposta do prodígio espanhol Lamine Yamal, que comandou o empate em 2 x 2 ainda no primeiro tempo. A segunda etapa, manteve o nível de disputa e também contou com gols dos dois lados para levar a decisão à Itália.

 

O jogo de volta contou com o brilho do lesionado Lautaro Martínez, com o sacrifício do camisa dez e capitão do time sendo vital para o bom início de jogo dos donos da casa. Encarando o jogo de posse e linhas altas propostos pelo Barcelona, coube ao centroavante completar dois rápidos contra-ataques da Inter para abrir o placar e, depois, sofrer o pênalti convertido por Çalhanoğlu para mais uma vez abrir 2 x 0 na primeira etapa.

 

A reação clube catalão, dessa vez, se reservou à segunda etapa e contou com alguns heróis improváveis — dois cruzamentos do questionado lateral-esquerdo Gerard Martín para os gols zagueiro Eric García (improvisado de lateral-direito) e, em seguida, de Dani Olmo. Esse bom início de segundo tempo seguiu mantendo o Barcelona em cima, sufocando cada vez a Inter até que Raphinha, outro nome que se encontra entre os favoritos ao prêmio de melhor do mundo, fez 3 x 2 aos 42'.

 

Mas o elenco comandado por Simoni Inzaghi é reconhecido não somente pelo forte sistema defensivo — que foi extremamente exigido no confronto e teve como destaque para as grandes defesas do goleiro suíço Yann Sommer — mas também pela capacidade de saber sofrer e voltar ao jogo.

 

O gol marcado pelo zagueiro Acerbi, que se lançou como atacante nos acréscimos, não somente garantiu o empate salvador como reacendeu a Inter e seus torcedores para a prorrogação, que teve seu resultado selado após boa jogada de Thuram pela direita e finalização certeira de Frattesi, aos 9' da prorrogação.

 

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