História
A erva-mate é muito consumida no Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina. É um dos produtos mais comercializados na América do Sul.
Existem vários nomes para a erva-mate nesses países. Além deles, existe o nome científico, que é Ilex paraguariensis: por que será? Vamos entender mais a seguir, além de outras curiosidades.
[Um mate e a vista da cidade. Imagem: Sergio Giovanni Jaguela / Pexels | Reprodução] |
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NOMES DA ERVA-MATE
Segundo P. E. R. Carvalho, os nomes populares, chamados de nomes vulgares, para a Ilex paraguariensis são:
× São Paulo (estado): caá; caáguaçu; carvalho-branco; caúna.
× Rio Grande do Sul: mate, mate chimarrão, congoín; congonha, erva-congonha, erveira; pau-de-erva; erva-mate-peluda; erva-mate-de-talo-branco; erva-mate-do-talo-roxo; erva-verdadeira.
× Paraná: congonha-grande; congonheira; congonhinha.
× Santa Catarina: erva; erva-piriquita, mate.
× Paraguai: ka'a.
× Argentina: yerba-mate.
Todos os nomes surgem de fatores culturais locais. Alguns seriam "traduções literais" entre português e espanhol. No caso do nome científico, existe uma história específica.
A PASSAGEM DE AUGUSTE DE SAINT-HILAIRE
Auguste de Saint-Hilaire esteve na América do Sul, fazendo pesquisas como botânico. Esse profissional francês esteve no Paraguai e lá viu a planta da erva-mate pela primeira vez. Isso o levou a chamar a espécie de paraguariensis em 1820.
Mais tarde, ele pensou que teria sido mais adequado chamar a planta de Ilex brasiliensis. Essa espécie de retratação, pensando na força da produção brasileira, viria em um livro que hoje pode ser lido numa biblioteca parisiense.
UMA LENDA SOBRE O SURGIMENTO DA ERVA-MATE E AS ORIGENS INDÍGENAS
Os povos indígenas ou originários sul-americanos conheciam e usavam a erva-mate no cotidiano. Como afirma Fredericindo Marés de Souza, encontrou-se resquícios de erva-mate em sepulturas peruanas pré-hispânicas, datadas de mil anos antes da era Cristã.
Tribos Guaranis, Incas, Quíchuas e Caingangues teriam tido o contato com a erva-mate. A disseminação a outros grupos ocorreu com o contato com o homem branco.
Falando em Guaranis, esses povos teriam o costume de ficarem em aldeias por até quatro anos e após se mudarem. Reza a lenda que um velho guerreiro não tinha mais forças para se mudar, assim ele e sua filha Yari se mantiveram onde estavam, sendo que com isso a filha abria mão de formar nova família.
Um pajé foi descansar na tapera onde ficaram morando. Nisso, o pai de Yari pediu que ele tivesse forças para voltar à tribo e seguir seu ritmo e permitir que a filha seguisse sua vida.
Não foi dessa forma que tudo acabou. O sacrifício de Yari teria lhe dado a imortalidade, sendo que ela virou um pé de erva-mate (caá-yari), ou melhor, a deusa dos ervais.
Ao ver essa lenda, não vemos a figura do índio à toa. Como esses povos estão na origem desse cultivo, histórias reais ou as lendas terão elementos dos povos originários.
A ERVA-MATE NAS BANDEIRAS ESTADUAIS
Auguste de Saint-Hilaire viu muitos pés de erva-mate abaixo dos galhos de araucária. Antes dele, Rafael Pires Coutinho também vira, em 1721.
A função de Rafael era criar o código de posturas curitibano. O registro da erva-mate ocorreu junto, destacando o potencial econômico que mais tarde se confirmaria.
O primeiro produto de exportação do Paraná foi a erva-mate, que foi parar até na bandeira estadual. Falando em bandeira, quer saber mais sobre ela? Na sugestão abaixo você lê nosso post sobre isso 👇🏻:
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