Ciência & Saúde
A dieta mediterrânea é reconhecida, mundialmente, pelos benefícios nutricionais que promove à saúde cardiovascular. A proposta alimentar chegou a ser considerada como a melhor Dieta Geral, conforme as classificações do U.S. News & World Report. Conhecê-la e adaptá-la à rotina pode ser uma opção para quem busca um estilo de vida saudável.
Na prática, a dieta mediterrânea é um padrão alimentar seguido por países que fazem fronteira com o Mar Mediterrâneo, como Líbano, Grécia, Espanha, Itália, entre outros. A base das refeições inclui peixes e frutos do mar, que são fontes de ômega 3, ácidos graxos e proteínas magras, além de vegetais, legumes, frutas, grãos integrais, ervas, azeite e laticínios.
Mas isso não impede que nativos de outros países possam aderir ao cardápio. Especialistas afirmam que a dieta mediterrânea pode ser adaptada e incorporada aos hábitos e às preferências culinárias dos brasileiros, oferecendo uma forma saborosa e nutritiva de melhorar a saúde.
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[Alimentos da dieta mediterrânea. Imagem: yarunivstudio / Freepik | Reprodução] |
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ARROZ E FEIJÃO PODEM SER INCORPORADOS À DIETA
O arroz e o feijão, tão presentes no cotidiano das refeições brasileiras, não precisam ser deixados de lado por quem pretende aderir à dieta mediterrânea. Na verdade, a proposta alimentar inclui cereais integrais e proteínas vegetais, portanto, uma opção é substituir o arroz branco pelo integral a fim de incluir mais fibras ao prato.
Segundo a nutricionista do Centro de Diabetes e Endocrinologia da Bahia (Cedeba), Suane Evangelista, o arroz e o feijão formam uma combinação perfeita de aminoácidos, pois o que falta em um é encontrado no outro.
Dessa forma, o prato é considerado nutritivo e acessível, já que ambos os produtos são disponibilizados, inclusive, em cestas básicas. Apesar de o arroz indicado na dieta mediterrânea ser o integral, o arroz branco tem um valor calórico semelhante.
De acordo com o propósito de quem adere à dieta mediterrânea, seja perder peso ou ganhar massa muscular, alguns suplementos podem ser recomendados para complementar a nutrição e potencializar os resultados.
O consumo de creatina pode ser uma alternativa para quem busca fonte de energia para a realização de atividades físicas. De acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia – Regional São Paulo (SBEM-SP), Felipe Henning Gaia Duarte, a substância ajuda a melhorar a força e o desempenho durante o treino, contribuindo para o fortalecimento e o aumento da musculatura.
SUBSTITUIÇÕES POSSIBILITAM MANTER A DIETA DENTRO DO ORÇAMENTO
Especialistas afirmam, ainda, que a dieta mediterrânea pode ser adaptada às diferentes realidades sociais e regionais. No Brasil, como o acesso às frutas e aos vegetais é facilitado, devido à abundância de plantio e ao clima tropical, seguir esta proposta alimentar pode ser uma escolha saudável e acessível.
Conforme indicado pela nutricionista Lígia Prestes, em entrevista à imprensa, trata-se de uma dieta rica e flexível, o que permite diversas substituições. Para um cardápio que contenha polvo, cebolinha francesa, grão de bico e framboesas -opções frequentemente presentes no estilo alimentar mediterrâneo - é possível fazer a troca por sardinha, cheiro verde, feijão e açaí, que têm valor nutricional equivalente. Em vez de buscar por pistache, nozes e macadâmia, por exemplo, o consumidor pode substituí-los por castanha-do-Pará, amendoim e sementes de abóbora, gergelim e girassol, que são ricas em vitamina E, como sugerido pela especialista em Nutrição Clínica e Esportiva, Edvânia Soares.
Além disso, a sazonalidade é um aspecto fundamental para orientar a economia na escolha dos alimentos e manter a dieta ainda mais saudável. Ou seja, é importante estar atento à época do ano e optar por alimentos abundantes naquele período. Dessa maneira, é possível consumi-los em variedade e aproveitar o que cada um tem de melhor em termos nutricionais, sem deixar de garantir preços mais em conta.
Segundo os especialistas, a própria natureza oferece alimentos com os nutrientes adequados para as necessidades do organismo em cada estação. Em relação às frutas, no verão, há predominância daquelas com mais água, como o abacaxi e o melão; no outono, aquelas com mais gordura, como o abacate; e, no inverno, é a vez dos produtos vegetais com mais vitamina C, que ajudam a prevenir gripes e resfriados.
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