Quem foi Openheimer?

 Biografias

 

Robert Oppenheimer foi um físico estadunidense, considerado o pai-da-bomba-atômica. A criação de Robert surgiu em meio ao Projeto Manhattan, onde surgiram as primeiras armas nucleares na Segunda Guerra Mundial.

 

A criação foi um grande acontecimento. Por outro lado, Oppenheimer sentiu o peso da criação, tanto que o físico teria pensado em trechos de uma escritura hindu: "Agora eu me tornei a Morte, a destruidora de mundos".

 

Ao longo deste post, vamos entender a vida e trabalho de Robert Oppenheimer. Por fim, vamos falar um pouco sobre o filme dedicado a contar essa estória.

 


O pai-da-bomba-atomica

[Foto de Robert Openheimer. Imagem: Revista Quem | Reprodução]


 

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OS PRIMEIROS PASSOS

 

Oppenheimer nasceu em 1904. Ele fazia parte de uma família rica de New York. Em 1925 veio a formatura em Harvard, com especialização em Química.

 

Já em 1927, ele concluiu o doutorado em Física Teórica pela Universidade de Göttingen, Alemanha. Na época, era uma das principais instituições desse curso.

 

Robert era apaixonado por o que sabia e deixava isso claro com quem convivia, até transparecer. Títulos como prodígio indiferente ou narcisista ansioso viriam com o tempo. Suas características não foram limitantes ao seu crescimento.

 

Tanto Oppenheimer quanto Einstein foram alguns dos cientistas mais importantes de seu tempo. Eles tinham diferenças, porém, em como entendiam a Física e os impactos das suas pesquisas.

 

Antes de ocorrer a Segunda Guerra Mundial, Robert teve dois empregos, na Universidade da Califórnia (Berkeley) e no Instituto de Tecnologia da Califórnia. Lá pesquisou sobre Astronomia Teórica, Física Nuclear e Teoria Quântica de Campos.

 

Ele chegou a publicar e supervisionar vários doutorandos. Um desses doutorandos, Willis Lamb, recebeu o Nobel de Física no ano de 1955. Oppenheimer foi cotado, mas não ganhou o prêmio Nobel, em três vezes.

 

A PESQUISA NUCLEAR

 

Os Estados Unidos da América entraram na Segunda Guerra Mundial mais tarde, dois anos após o começo da Guerra, após um episódio de bombardeio considerado ofensivo.

 

Diante da entrada na Guerra, o governo estadunidense o chamou para o projeto Manhattan. Sabia-se, na comunidade de defesa dos EUA, que ele tinha ideias sobre reação em cadeia em uma bomba atômica.

 

Após a nomeação, alguns ex-alunos foram chamados para montar um time de especialistas. Einstein, de 64 anos, não fez parte do time por ter origem alemã e ideias de esquerda, além de diferenças, como já citamos, com Robert.

 

Oppenheimer também tinha uma tendência de esquerda. Apesar disso, de ele não ter uma carreira considerada de destaque ou ter gerenciado projetos complexos, no ano de 1943, ele passou a ser diretor do Laboratório Nacional de Los Alamos (Novo México). A tarefa era desenvolver armas atômicas, o que naquela época entusiasmou o cientista.

 

Se não existia uma experiência de grande porte como gestor em Robert, isso passou a existir. O Laboratório de Los Alamos foi crescendo, até chegar a mais de seis mil funcionários.

 

Como gestor, ele sabia delegar e estruturar o trabalho em equipe. Por outro lado, era presente e estava envolvido em todos os estágios teóricos e experimentais do desenvolvimento de armas.

 

O PRIMEIRO TESTE

 

Às 5h29 do dia de 16 de julho de 1945, foi feito o teste nuclear. Esse teste recebera o nome de Código Trinity e foi realizado no deserto de Jornada del Muerto.

 

Thomas Farrell, assistente de Oppenheimer, relatou que acontecera uma explosão de luz, seguida por um rugido profundo. O próprio Robert, mais tarde, lembraria das reações de poucos entre a alegria e o choro, e a maioria dos presentes em silêncio. Todos tiveram a dimensão do feito, ou quase todos...

 

O USO DA BOMBA NUCLEAR NA GUERRA

 

Os nazistas já haviam capitulado (8 de maio) quando houve o Código Trinity. Harry Truman, presidente estadunidense na época, queria usar a bomba mesmo assim, e então decidiu que seria contra o Japão.

 

Isso veio a acontecer com os bombardeios de Hiroshima e Nagasaki. Só aí é que Robert Oppenheimer teve a dimensão do seu feito e em agosto de 1945, chegou a confrontar Henry Stimson, secretário de guerra estadunidense, exigindo o banimento das armas nucleares. Mais do que um elemento de intimidação, verdadeiramente as armas nucleares tiveram um uso.

 

Não apenas Oppenheimer, mas outros cientistas como Einstein e Szilárd condenaram o uso da bomba atômica. O grupo ressaltava que era um país praticamente em capitulação.

 

Robert também buscou Harry Truman. Ao falar com o presidente, disse que sentia suas mãos cheias de sangue, destacando sua crise emocional. Truman rejeitou os argumentos e disse que, como chefe de estado, a responsabilidade era dele mesmo.

 

OS ÚLTIMOS ANOS DE OPENHEIMER

 

Acabando a Guerra, Robert Oppenheimer foi para Princeton, Nova Jersey. Lá ele passou a atuar no Instituto para Estudos Avançados, em um cargo bem remunerado.

 

O foco de vida dele mudou. Ele lia muito, tinha peças de arte e móveis, aprendeu idiomas e tentou compreender a humanidade com escrituras antigas. Com essa humanização, ele pensou na ciência como algo que deveria se integrar ao resto da vida.

 

Oppenheimer apoiou e patrocinou vários outros cientistas. Ele também pensou que era necessário um órgão internacional que controlasse o desenvolvimento da energia nuclear e o uso dela.

 

Em 1949, já no contexto de Guerra Fria, a União das Republicas Socialistas Soviéticas fez o primeiro teste de bomba atômica. Como reação, os Estados Unidos desenvolveram a bomba de hidrogênio. Pela posição de Robert, Harry Truman negaria que ele fosse novamente nomeado como conselheiro da Comissão de Energia Atômica.

 

Após 1952, Oppenheimer foi contra o primeiro teste de bomba de hidrogênio. Como retaliação, a autorização de segurança foi suspensa.

 

Com mais investigações, em 1954, a tendência de esquerda do cientista foi levada a público e a autorização de segurança foi revogada de vez. Ele dizia não ter interesse em política, mas apoiava ideias progressistas e se preocupou com o fascismo e o antissemitismo que despontaram lá atrás, na Segunda Guerra.

 

Kitty Puening, companheira de Oppenheimer era radical de esquerda e tinha contato com ativistas do Partido Comunista. Esse contato dela fez com que ele também viesse a ser considerado do mesmo círculo.

 

Após 1954, Robert passou a ser mais ferrenho na ideia de liberdade na pesquisa, à parte da política. Sua linha mais humanizada o fez pensar na integração dos conhecimentos.

 

Em 18 de fevereiro de 1967, morreu Robert Oppenheimer. Ele tinha sessenta e dois anos de idade.

 

O FILME SOBRE ELE

 

O filme sobre Oppenheimer foi baseado em um livro biográfico que venceu o Prêmio Pulitzer: "Prometeu Americano: O Triunfo e a Tragédia de J. Robert Oppenheimer" é de autoria de Kai Bird e Martin J. Sherwin. O filme foi dirigido por Christopher Nolan, e Robert foi interpretado por Cillian Murphy. Outros nomes presentes no filme são Emily Blunt, Matt Damon, Robert Downey Junior., Florence Pugh, Gary Oldman, Jack Quaid, Gustaf Skarsgård, Rami Malek e Kenneth Branagh.

 

No filme, vários pontos históricos são retratados quanto a Oppenheimer. Na licença poética, ficaram diálogos entre Einstein e Oppenheimer, que não teriam discutido a invenção da bomba atômica e suas consequências. A ideia era trazer alguém mais próximo do público, mais lembrado. 

 

Na verdade, Robert achava Einstein um monstro sagrado da Física, mas não um cientista em atividade. Suas vidas se cruzaram certas vezes, mas de forma diferente daquela pensada no rumo narrativo do filme.

O RELÓGIO DO FIM DO MUNDO OU DOOMSDAY CLOCK

 

Esse “relógio” surgiu depois da criação da bomba atômica. Na sugestão de post da linha azul 👇🏻, você entende melhor os porquês e como funciona:

 

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👉 O relógio do Juízo Final ou Doomsday Clock

 

 

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