Fernando Pessoa (1888 - 1935) escrevia como vários heterônimos, como Álvaro de Campos. Com essa assinatura, escreveu um poema que é a cara do nosso romantismo nas cartas de amor, que podem dar muito certo, ou muito errado. Vamos conferir esse poema!
[Uma cartinha de amor. Imagem: Adriano Gadini / Pixabay] |
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TODAS AS CARTAS DE AMOR SÃO RIDÍCULAS
"Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.
Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.
As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.
Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.
Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.
A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas.
(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente
Ridículas.)"
(CAMPOS, Álvaro de)
UM ACHADO DE MÁRIO QUINTANA
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