Alimentos
Ler a embalagem dos alimentos vendidos pela
indústria acaba sendo um desafio para o consumidor leigo. Vários itens estão lá
e possuem alguma função no produto que consumimos.
Outra informação importante é a de que
existem limites para a adição de
determinados produtos, que podem ser processados de ingredientes naturais ou
mais elaborados em processos industriais mais complexos. Que tal conhecer um
pouco mais sobre alguns deles?
[Imagem: Mundo Boa Forma] |
LEITE EM PÓ RECONSTITUÍDO
Você já pintou sua casa alguma vez com tinta
acrílica? O que você compra é um concentrado de tinta, dilui a água necessária
e então consegue pintar adequadamente a parede. Simplesmente misturar a água na
indústria traria problemas, pois o volume a transportar é bem maior.
Ideia semelhante segue o leite em pó
reconstituído. Em local onde o abastecimento de leite é caro ou não ocorre no
ano todo, a indústria compra o leite em pó e acresce água, reconstituindo-o
(você nunca pensou que havia reconstituído leite em casa, né?!).
AÇÚCAR INVERTIDO
Esse nome fica meio engraçado se não
conhecemos o significado químico do que acontece com esse açúcar. O autor desse
texto, o Mestre Blogueiro, por exemplo, sempre pensou que açúcar invertido
fosse sal (cloreto de sódio) e sal invertido fosse açúcar.
Na verdade, o que se tem é um açúcar gerado
por reação química. Na presença de água, um ácido e aquecimento, ocorre a
hidrólise da sacarose em glicose e frutose, dois outros açúcares.
Esses dois açúcares, nessa condição, viram
um xarope, chamado de açúcar invertido. A inversão ocorre quando se submete um
feixe de luz polarizada. Na sacarose, ele gira para a direita (dextrógira) e no
xarope de glicose, a luz gira para a esquerda (levógira).
Veja que sem conhecer essa propriedade
química, o nome perde o sentido, e o sabor ainda é doce! E, ao contrário do
açúcar convencional, não cristaliza, o que seria um efeito indesejado em balas
e doces.
[Imagem: Feira Nova em casa] |
XAROPE DE GLICOSE
Ele é o produto da conversão do amido de
milho em glicose, principalmente, e em outros açúcares em menor quantidade.
Assim como o açúcar invertido, é anticristalizante, viscoso e aumenta a
solubilidade da sacarose.
Por questões de pressão osmótica, segundo
website da UFRGS, penetra mais facilmente em tecidos de frutas e, se aplicado
em excesso, gruda muito e fica pegajoso.
Ele é usado em geleias e barras de cereal.
Também é comercializado em potes na marca Yoki, tendo um aspecto que lembra
muito o mel quando não está cristalizado.
[Imagem: Greenme] |
EMULSIFICANTES
Você já tentou juntar água e óleo? Mesmo
batendo forte, não irão se tornar uma solução aquosa, mas se estabilizar e
formar fases.
A água é polar e a gordura apolar. Para
fazer as intermediações e permitir a junção, formando emulsões, tem-se os
emulsificantes. Eles são úteis na limpeza, na alimentação e até na aplicação de
revestimentos asfálticos.
Na maionese, há óleo e água. O
emulsificante/surfactante lecitina (que é um fosfolipídeo) une essas duas
partes, possuíndo em sua molécula um trecho polar e outro apolar.
FLAVORIZANTES
Vamos deixar aqui um gostinho-de-quero-mais.
Assim que acabar de ler esse post, vá para os links sugeridos e saiba mais
sobre flavorizantes em um post onde se explicou o que eles são aqui no Blog do
Mestre! 😉
[Imagem: RitaE/Pixabay] |
ESTABILIZANTES
O nome dá uma dica de como essas substâncias
atuam nos alimentos: conferem estabilidade. De quê? Cor, sabor, sem rancificar,
presença de água (o que mantém a suculência).
Um outro efeito importante é o de
intensificar o efeito dos emulsificantes (que agora você já sabe para que
servem!). Sozinhos, os estabilizantes não conseguem atuar como emulsificantes.
Um dos exemplos de estabilizantes são os
fosfatos. Eles são utilizados em produtos cárneos, conferindo-lhes boas
características.
[Imagem: skeeze/Pixabay] |
UMECTANTES
Os umectantes são usados nas indústrias de
cosméticos e de alimentos. Também com nome intuitivo, que aponta a função, eles
trabalham mantendo a umidade. Com isso, o alimento não resseca, fica macio (se
ele era assim originalmente) ou firme (sem passar do ponto).
Um exemplo de umectante é a glicerina. Ela é
usada na industrialização do coco ralado. Outros umectantes estão em pães,
massas, bolos, panetones e carnes processadas.
[Imagem: ulleo/Pixabay] |
ACIDULANTES
São ácidos orgânicos e inorgânicos que são
adicionados aos alimentos com diversos fins, como conferir sabor, evitar o
escurecimento ou a cristalização do açúcar (sacarose), disfarçar gostos
desagradáveis ou ainda evitar a proliferação de microrganismos patogênicos.
Entre os acidulantes existentes, pode se
utilizar o ácido cítrico (presente na laranja e no limão), ácido tartárico (da
uva) e málico (da maçã). O ácido fosfórico é um ácido inorgânico bastante
utilizado.
No cotidiano das casas, há pessoas que
experimentam da ação acidulante do ácido cítrico quando preparam frutas para
servir de salada no almoço. Espremem um pouquinho de limão sobre a salada e
pronto, nada de aspecto escurecido quando as pessoas forem à mesa se deliciar.
ESPESSANTES
Também, como o próprio nome entrega, servem
para aumentar a viscosidade sem alterar outras propriedades de alimentos. Eles
são carboidratos com origem em árvores, algas e sementes. Também podem ser
sintetizados à base de celulose ou amido de milho.
Na alimentação, eles podem possuir função de
tratamento de saúde. Há algumas pessoas que têm dificuldade no engolir (reflexo
da tosse), podendo se afogar. Não se recomenda comprar em lojas de suplementos
apenas o espessante sem a devida receita médica.
[Imagem: Bru-No/Pixabay] |
SALITRE-DO-CHILE
Salitre-do-chile é o nome popular do nitrato
de sódio (NaNO3), que é um sal inorgânico. Como vários sais, serve como
conservante, principalmente para produtos cárneos. Ele pode ser obtido nessa
forma, ou por meio de reação química envolvendo amônia. As dosagens devem ser
pequenas, principalmente por conta de efeitos adversos para a saúde..
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👉 E ainda mais
para você: Pode
conter traços de...
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