O fim do Bem Estar e o mundo da TV

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A partir dessa semana, o programa Bem Estar deixa a grade de programação da TV Globo, após alguns anos de muitas dicas de saúde, a perda do Dr. Alfredo Halpern e os sorrisos da Dr.ª Ana Escobar e os tremeliques de Fernando Rocha. A pergunta que ficou para algumas pessoas é: por que o Bem Estar saiu se era tão bom?

[Imagem: SBCBM/Reprodução – TV Globo]

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Infelizmente, nos últimos tempos o programa não vinha apresentando o mesmo fôlego, tendo perdido em vários momentos a liderança para a RecordTV, mesmo que o conteúdo da concorrente não fosse melhor. Aliás, a audiência é elemento fundamental para a TV aberta, visto que ela é o elemento de troca com os parceiros comerciais que anunciam nos intervalos.

Concorrência nem sempre melhora a TV, e, também vale destacar que todas as emissoras se pautam por audiência e vendas para manter-se, sustentar salários e custos e obter lucro. Até as emissoras religiosas sabem que seu público é mais idoso e passam o dia todo comercializando remédios e colchões entre as orações. Com a emissora líder brasileira, o princípio é semelhante.

A TV, como todas as empresas e espaços, permite estar nela quem efetivamente entregar algum resultado. Um exemplo claro, para quem acompanhou o programa Bem Estar ao longo desses anos, foi um quadro ("Quem dança seus males espanta") onde Fernando Rocha participava de ensaios de um espetáculo de dança com um coreógrafo. Ao final, o apresentador foi retirado de onde fora inserido por não se encaixar na coreografia com a perfeição de um coreógrafo, e a ideia de mostrar a dança como espaço inclusivo foi por água abaixo.

E a TV é semelhante. Ela é um espaço com grandes salários e muita visibilidade, onde você pode transmitir ideias, conhecimento, entreter e muito mais, mas que não é um espaço inclusivo e imutável que não vá passar por mudanças.

O máximo que se pode dizer é que Mariana Ferrão e Fernando Rocha nos brindaram com um excelente programa durante todos esses anos, passando informação de um jeito leve e descontraído, mesmo com a piadinha da clara e da gema (poxa doutor, não precisava ter levado tão a sério). E que bom que pudemos vê-los por todos esses anos.

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