Matemática
Entre duas variáveis qualitativas busca-se
verificar a relação por meio de um quadro de contingência e testes de hipóteses
como o qui-quadrado. Caso essa relação for apontada por esses mecanismos,
dizemos que essas variáveis são associadas (como vimos em outro post, com link
sugerido a seguir). E se essas duas variáveis forem quantitativas? Que método
podemos usar para verificar a correlação?
[Imagem: UFPR] |
DIAGRAMAS DE DISPERSÃO
Para ver correlação, num primeiro momento
podemos não ter conhecida uma relação de dependência de uma variável para outra.
Mas, ao correr de uma pesquisa científica, a fundamentação teórica poderá ter apontado
qual seria a variável independente e qual a variável resposta, que podem ser
definidas desde essa etapa.
O diagrama de dispersão é um gráfico dos
pares ordenados (X,Y) dos pontos experimentais. Com a nuvem de pontos obtidos
no experimento sobre um gráfico, é possível observar que tipo de curva pode
melhor se ajustar ao fenômeno. Ou, novamente, ver se o formato de curva faz
sentido com o que a teoria propõe.
Os formatos mais fáceis de trabalhar são os
lineares ou linearizados (que passam por anamorfose linear ou transformação de
variáveis, ou ainda por mudança na escala dos eixos ordenados). Mas nem sempre
os pontos se ajustam a esses formatos exigindo modelos mais complexos, que
podem não permitir uma construção tão fácil, até mesmo manual, do gráfico e da
função modelando o fenômeno.
COEFICIENTE DE CORRELAÇÃO DE PEARSON
O coeficiente de correlação de Pearson é uma
medida numérica que indica o quão forte pode ser a relação entre duas variáveis
quantitativas. Para construí-lo, parte-se do seguinte:
- Padronizar as variáveis, deslocando os
eixos coordenados para o centro. Faz-se:
X’
= (X – Xméd)/sX e
Y’
= (Y – Yméd)/sY
. (variável menos média dividida pelo
desvio-padrão amostral).
- Fazer o produto das coordenadas
padronizadas dos pontos:
Σi=1n
X’Y’
(quando esse somatório dá um valor acima de
zero, a correlação linear é positiva, quando abaixo de zero negativa).
- Por fim, fazemos:
r = [Σi=1n X’Y’]/(n – 1)
O
coeficiente de correlação de Pearson varia de -1 a 1. Perto dos extremos, temos
fortes correlações lineares positivas ou negativas. Perto de 0 já tende a não
haver correlação linear.
TESTE DE HIPÓTESES SOBRE COEFICIENTE DE CORRELAÇÃO DE PEARSON
Um critério mais forte para definir
correlação linear, em conjunto com o resultado de r, é um teste de hipóteses.
Por meio de uma estatística de teste, fornece subsídios para refutar a hipótese
nula de não correlação linear.
Calcula-se:
t =
[r • (n – 2)]/ (1 – r²)
Com o valor de “t”, observamos a
probabilidade de significância (veja mais nos posts sugeridos) associada a esse
valor em uma distribuição de probabilidades t
de Student com (n – 2) graus de liberdade.
□
👉 E ainda mais
para você: Testes
de Hipóteses
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