Variedades
A educação montessoriana traz as
experiências da médica Maria Montessori, italiana pioneira no ofício da
medicina, que, tendo contato com a educação infantil, propôs uma nova forma de
construir o conhecimento, buscando respeitar o potencial criativo e a vontade
de aprender de cada criança, desenvolvendo-os. Os preceitos dessa forma de
educar se espalharam pelo Mundo: no Brasil, por exemplo, há centro de
capacitação de educadores nessa filosofia, onde eles têm uma forma diferente de
ação, além de cerca de cem instituições de ensino que a seguem.
[Imagem: Montessori Porto] |
Na educação montessoriana, assim como
acontece com maior força no ensino superior (não diremos na totalidade), o
professor assume o papel de mediador do conhecimento, busca instigar seu aluno.
Quem deverá ir em busca de solucionar suas dúvidas deverá ser o próprio
estudante, aprendendo inclusive onde encontrar informações (livros e meios digitais).
Se a obtenção do conhecimento deverá partir
do aluno, no quesito evolutivo, Montessori propôs que a carga de complexidade e
as temáticas se encaixem aos períodos de desenvolvimento das crianças. Similar
aos métodos tradicionais, há um regime de níveis de ensino, mas não há uma
linha rígida de separação por um ano de idade. São estabelecidas faixas de três
anos de idade ou mais, com habilidades a serem desenvolvidas.
Outro aspecto importante no método de
Montessori está na relação do indivíduo com o meio em que se encontra. A
vontade de aprender deve partir de dentro, mas o meio precisa ser propício para
que o indivíduo desenvolva suas habilidades. As escolas montessorianas dispõem
de uma estrutura mais robusta do que as convencionais: há brinquedos e
instrumentos que facilitam a visualização de conceitos, como o sistema decimal
e seus primeiros múltiplos e submúltiplos.
O mobiliário e a disposição dos elementos
auxiliares ao aprendizado seguem a sequência de escrita e leitura. Os elementos
mais simples ficam ao alcance dos olhos. Já os mais complexos vão surgindo da
esquerda para a direita, de cima para baixo. Carteiras enfileiradas não fazem
parte das salas de aula: os alunos se reúnem em pequenos grupos ou se dispõem
individualmente, como queiram.
Observadas as características da educação
montessoriana, que chegou a ser escolhida pela realeza britânica para George,
segundo a revista Crescer, nota-se aspectos fortes de inovação, até mesmo para
os dias atuais, e algumas falhas. Como pontos fortes, pode-se citar o fato de
trazer o aluno como protagonista, que deve buscar (na vida escolar e, enfim, na
vida) o conhecimento que precisar, ao invés de ficar preso na dúvida ou mesmo
sem saber algo. A curiosidade precisa se transformar em novos conhecimentos e
novas dúvidas. A educação montessoriana parece ver o conhecimento crescer com o
indivíduo, de forma natural.
Porém tanta naturalidade pode ser difícil,
em função do ritmo e dos objetivos que a própria vida traz. O regime
tradicional e seriado provoca uma necessidade de estabelecer metas para o
aprendizado, o que pode ser eficaz, ou pressionar demais um aluno com maiores
dificuldades. ENEM e vestibulares chegam para todos.
Já a estrutura, que estimula o saber,
torna-se mais difícil de aplicar em função das particularidades segundo faixas
etárias. Há bastante volume de materiais, além de uma sala de aula servir
apenas a uma turma de alunos, pois o reaproveitamento em turno inverso levaria
a um uso desencaixado à faixa etária. Porém é de se sonhar uma escola que saia
do abstrato e materialize o conhecimento, fazendo o aluno observá-lo de perto.
Quanto ao quesito individualismo, criticado
por alguns na escola montessoriana, chega-se a um paradoxo: na escola
tradicional, o aluno coletivo se posiciona de forma individual e enfileirada.
Já o aluno montessoriano, individualista, tem a possibilidade de estar próximo
dos demais e compartilhar experiências, sem barreiras físicas.
Pode ser que nem todos se adaptem ao estilo
de educar proposto por Montessori. Entretanto, não se pode deixar de lado
tamanha evolução no ver e sentir a educação. Mesmo seguindo em meios
tradicionais, há vários pontos que podem ser seguidos em busca da evolução na forma
de crescer e educar.
Quer saber mais sobre? Indico também o texto do blog Meu Filho Nasceu: https://meufilhonasceu.com/metodo-montessori/
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