Variedades
O ENEM é, sem sombra de dúvida, uma das
mais importantes avaliações tanto para alunos do ensino médio que desejam
ingressar no ensino superior, ou testar seu ritmo de prova para buscar um bom
desempenho no ano seguinte. Além disso, para alunos em determinadas condições (entre
elas ter mais de 18 anos de idade), pode significar a aprovação do ensino
médio, sendo necessário consultar o regulamento completo no site do exame para
maiores informações.
Dentre as competências avaliadas pela
prova, também é inclusa a capacidade argumentativa e sua fundamentação por meio
da prova de redação. O modelo de texto já é bastante consagrado, sendo a
dissertação: texto em que é exposto um assunto, argumentos sob diferentes
pontos de vista a respeito do assunto e, em uma conclusão, o autor deve se
posicionar a respeito e, dentro de condições que respeitem os direitos humanos,
propor alguma solução prática sobre o tema proposto.
[Imagem: Inep] |
De
forma mais implícita, também são avaliados o domínio da norma culta da Língua Portuguesa
e a capacidade de expressão. Ou seja, em uma parte da prova são avaliadas
múltiplas competências, o que faz todo o sentido, já que a comunicação envolve
todos estes aspectos, sendo a linguagem falada e escrita seu instrumento de
manifestação.
Dentre
os milhões de alunos que realizam a prova, poucos conseguem atingir a nota
máxima. Em 2014, dos seis milhões de participantes, apenas 250 conseguiram este
feito. Veja abaixo uma destas redações, sobre o tema publicidade infantil, cujo
título é “Por um bem viver”, de autoria de Dandara Luíza da Costa:
“O ornamento da
vida está na forma como um país trata suas crianças'. A frase do sociólogo
Gilberto Freyre deixa nítida a relação de cuidado que uma nação deve ter com as
questões referentes à infância. Dessa forma, é válido analisar a maneira como o
excesso de publicidade infantil pode contribuir negativamente para o
desenvolvimento dos pequenos e do Brasil.
É importante
pontuar, de início, que a abusiva publicidade na infância muda o foco das crianças
do que realmente é necessário para sua faixa etária. Tal situação torna essas
crianças pequenos consumidores compulsivos de bens materiais, muitas vezes
desapropriados para determinada idade, e acabam por desvalorizar a cultura
imaterial, passada através das gerações, como as brincadeiras de rua e as
cantigas. Prova disso são os dados da UNESCO afirmarem que cerca de 85% das
crianças preferirem se divertir com os objetos divulgados nas propagandas,
tornando notório que a relação entre ser humano e consumo está “nascendo” desde
a infância.
É fundamental
pontuar, ainda, que o crescimento do Brasil está atrelado ao tipo que infância
que está sendo construída na atualidade. Essa relação existe porque um país
precisa de futuros adultos conscientes, tanto no que se refere ao consumo, como
às questões políticas e sociais, pois a atenção excessiva dada à publicidade
infantil vai gerar adultos alienados e somente preocupados em comprar. Assim, a
ideia do líder Gandhi de que o futuro dependerá daquilo que fazemos no presente
parece fazer alusão ao fato de que não é prudente deixar que a publicidade
infantil se torne abusiva, pois as crianças devem lidar da melhor forma com o
consumismo.
Dessa forma, é
possível perceber que a publicidade infantil excessiva influencia de maneira negativa
tanto a infância em si como também o Brasil. É preciso que o governo atue
iminentemente nesse problema através da aplicação de multas nas empresas de
publicidade que ultrapassarem os limites das faixas etárias estabelecidos
anteriormente pelo Ministério da Infância e da Juventude. Além disso, é preciso
que essas crianças sejam estimuladas pelos pais e pelas escolas a terem um
maior hábito de ler, através de concessões fiscais às famílias mais carentes,
em livrarias e papelarias, distando um pouco do padrão consumista atual, a fim
de que o Brasil garanta um futuro com adultos mais conscientes. Afinal, como
afirmou Platão: “o importante não é viver, mas viver bem.”
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