Poesias
“Rio
de Janeiro, 6 de janeiro de 1855,
A Francisco Gonçalves
Braga
[Imagem: Construção e Decoração de Jardins]
Como é linda e verdejante
Esta palmeira gigante
Que se eleva sobre o
monte!
Como seus galhos
frondosos
S’elevam tão majestosos
Quase a tocar no
horizonte!
Ó palmeira, eu te saúdo,
Ó tronco valente e mudo,
Da natureza expressão!
Aqui te venho ofertar
Triste canto, que soltar
Vai meu triste coração.
Sim, bem triste, que
pendida
Tenho a fronte
amortecida,
Do pesar acabrunhada!
Sofro os rigores da
sorte,
Das desgraças a mais
forte
Nesta vida amargurada!
Como tu amas a terra
Que tua raiz encerra,
Com profunda discrição;
Também amei da donzela
Sua imagem meiga e bela,
Que alentava o coração.
Como ao brilho purpurino
Do crepúsc’lo matutino
Da manhã o doce albor;
Também amei com loucura
Ess’alma toda ternura
Dei-lhe todo o meu amor!
Amei!... mas negra
traição
Perverteu o coração
Dessa imagem da candura!
Sofri então dor cruel,
Sorvi da desgraça o fel,
Sorvi tragos d’amargura!
Adeus, palmeira! ao
cantor
Guarda o segredo de amor;
Sim, cala os segredos
meus!
Não reveles o meu canto,
Esconde em ti o meu
pranto
Adeus,
ó palmeira!... adeus!”
ASSIS,
Machado de
□
Þ GOSTOU DESTA POSTAGEM? USANDO ESTES BOTÕES, COMPARTILHE COM
SEUS AMIGOS!
0 Comentários
Seu comentário será publicado em breve e sua dúvida ou sugestão vista pelo Mestre Blogueiro. Caso queira comentar usando o Facebook, basta usar a caixa logo abaixo desta. Não aceitamos comentários com links. Muito obrigado!
NÃO ESQUEÇA DE SEGUIR O BLOG DO MESTRE NAS REDES SOCIAIS (PELO MENU ≡ OU PELA BARRA LATERAL - OU INFERIOR NO MOBILE) E ACOMPANHE AS NOVIDADES!