Implicar faz bem

Cultura & Comportamento

Pode parecer engraçado, mas este é um trocadilho muito certo. Mesmo nos casos em que as pessoas que implicam com a outra são extremamente opostas, em uma dose leve, a implicância dá um gosto para a vida. Mas, na maioria das vezes, quem mais implica com uma pessoa é justamente quem mais está próximo e que gosta dela, como pais, tios, primos, avós, amigos, colegas, namorados, etc..

IMPLICÂNCIA



A implicância se subdivide em duas formas principais: por brincadeira ou por atitude/  comportamento/ circunstância. A primeira forma ocorre entre primos, irmãos, amigos e/ou colegas, que inventam apelidos, piadas ou estórias entre eles, sem levar a sério tais brincadeiras. Detalhe: as brincadeiras vêm de todos os lados.
Já as implicâncias por comportamento são mais típicas de pais e demais adultos para com crianças e adolescentes, ou com os senhores mais idosos. Geralmente, ou a saúde ou fatos corriqueiros são os principais motivos. Pode ser por não comer a salada, por esquecer um remédio, por falar errado, por não se vestir direito, por ter pouco asseio pessoal, etc.
Nestes últimos casos, uma implicância pode gerar uma reflexão e até uma mudança por parte do afetado, e até torná-lo uma pessoa melhor. O sujinho pode se tornar mais limpo; o garoto ou a garota pode cuidar mais de unhas e cabelos; o idoso pode se convencer de que precisa tomar certinho seus remédios; crianças e adolescentes podem se habituar a estudar por antecipação e não por véspera; entre outros exemplos.
Entretanto, como tudo na vida, a implicância pode ser um veneno quando demasiada. Com crianças e adolescentes, se a implicância vem só de um lado, sendo que o atingido não possui como se defender, ou é frágil demais para fazê-lo, temos o bullying. E, no geral, se as críticas são frequentes, o efeito é oposto. De estímulo passa a ser desmotivação, e até motivo para persistir em erros ou más atitudes e intensificá-los, como represália ao implicante.
Implicar faz bem, portanto, se houver flexibilidade do atingido a receber sugestões, se não houver persistência e repetitividade, se a pessoa gostar de certas brincadeiras, etc. Vamos implicar!


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