Com todo o sucesso que faz o sertanejo
universitário, é muito interessante ver que as raízes ainda são muito
valorizadas e respeitadas, com a interpretação de belas e conhecidas canções
com a marca de um novo estilo. Veja a letra e escute um pot pourri na voz
de Victor & Léo de Telefone Mudo, 60 dias apaixonado, Fazenda São Francisco,
Cavalo Enxuto e Pagode em Brasília.
Telefone mudo
Eu
quero que risque meu nome da sua agenda
Esqueça
meu telefone, não me ligue mais
Porque
já estou cansado de ser o remédio
Pra
curar seu tédio
Quando
seus amores não lhe satisfazem
Cansei
de ser o seu palhaço
Fazer
o que sempre quis
Cansei
de curar sua fossa
Quando
você não se sentia feliz
Por
isso é que decidi
O
meu telefone cortar
Você
vai discar várias vezes
Telefone
mudo não pode chamar.
60 dias apaixonado
Viajando
pra Mato Grosso, Aparecida do Taboado
Lá
conheci uma morena, que me deixou amarrado.
Deixei
a linda pequena por Deus confesso desconsolado.
Mudei
meu jeito de ser,
Bebendo
pra esquecer, 60 dias apaixonado.
Dois
meses juntinho dela eternamente serão lembrados.
Pedaços
de minha vida, lembranças do meu passado.
Jamais
será esquecida a imagem bela de um anjo amado
Dois
meses passaram logo.
É
num copo que eu afogo, 60 dias apaixonado.
Se
alguém fala em mato grosso eu sinto o peito despedaçado
O
pranto rola depressa, no meu rosto já cansado
Jamais
eu esquecerei Aparecida do Taboado
Deixei
a minha querida, deixei minha própria vida
60
dias apaixonado.
Fazenda São Francisco
Eu
fiz a maior proeza,
Nas
bandas do rio da Morte,
Com
outro caminhoneiro,
Traquejado
no transporte
Fui
buscar uma vacada,
Para
um criador do norte,
Na
chegada eu pressenti,
Que
era dia de sorte,
Depois
do embarque feito
só ficou um boi de corte.
O
mestiço era bravo,
Que
até na sombra investia,
E
a filha do fazendeiro,
Mordendo
os lábios dizia.
Eu
nunca beijei ninguém,
Juro
pela luz do dia,
Mas
quem montar esse boi,
E
lhe tirar a valentia,
Ganha
meu primeiro beijo
que darei com alegria.
Vendo
a beleza da moça,
Meu
sangue ferveu nas veias,
Eu
calcei um par de esporas,
E
passei a mão na peia.
Peguei
o mestiço a unha,
Rolei
com ele na areia,
Enquanto
ele esperneava,
Fui
apertando a correia,
Mas
quando sentei no lombo
foi que eu ví a coisa feia.
O
boi saltou a porteira,
No
primeiro corcoveado,
Numa
ladeira de pedra,
Desceu
pulando furtado.
Saía
línguas de fogo,
Cheirava
chifre queimado,
Quando
os cascos do mestiço,
Batiam
no lajeado,
Parou
berrando na espora
ajoelhando derrotado.
Pra
cumprir sua promessa,
A
moça veio ligeiro,
Me
disse: "você provou,
Ser
peão de boiadeiro".
Dos
prêmios que eu vou lhe dar,
O
beijo é o primeiro,
Sua
boca foi abrindo,
Seu
olhar ficou morteiro,
Nessa
hora eu acordei
abraçando o travesseiro.
Cavalo enxuto
Eu
tenho um vizinho rico, fazendeiro endinheirado
Não
anda mais a cavalo, só compra carro importado
Eu
conservo a minha tropa e o meu cavalo ensinado
O
fazendeiro moderno só me chama de quadrado
Namoramos
a mesma moça, vejam só o resultado
Um
dia, a moça falou pra não haver discussão
Vamos
fazer uma aposta, a corrida da paixão
Granfino
corre no carro, você no seu alazão
Eu
vou pra mnha fazenda esperar lá no portão
Quem
dos dois chegar primeiro vai ganhar meu coração
Ele
calibrou os pneus, apertou bem as roelas
Eu
ferrei o meu cavalo que tem asa nas canelas
O
granfino entrou no carro, pulei em cima da sela
Ele
funcionou o motor, e fechou bem as janelas
Chamei
o macho na espora, bem por baixo das costelas
Eu
entrei pelo atalho, pulando cerca e pinguela
Quando
terminou o asfalto, ele entrou numa esparrela
Uma
estrada boiadeira, toda cheia de cancela
Cheguei
no portão primeiro, dei um beijo na donzela
Quando
o granfino chegou, eu já estava nos braços dela
O
progesso é coisa boa, reconheço e não discuto
Mas
aqui no meu sertão, meu cavalo é absoluto
Foi
Deus e a natureza que criou este produto
Esta
vitória foi minha e do meu cavalo enxuto
A
menina hoje vive nos braços desse matuto
Pagode em Brasília
Quem
tem mulher que namora
Quem
tem burro empacador
Quem
tem a roça no mato me chame
Que
jeito eu dou
Eu
tiro a roça do mato sua lavoura melhora
E
o burro empacador eu corto ele de espora
E
a mulher namoradeira eu passo o coro e mando embora
Tem
prisioneiro inocente no fundo de uma prisão
Tem
muita sogra encrenqueira e tem violeiro ‘embrulhão’
Pro
prisioneiro inocente eu arranjo advogado
E
a sogra encrenqueira eu dou de laço dobrado
E
os violeiros ‘embrulhão’ com meus versos estão quebrados
Bahia
deu Rui Barbosa
Rio
Grande deu Getúlio
Em
Minas deu Juscelino
De
São Paulo eu me orgulho
Baiano
não nasce burro e gaúcho é o rei das coxilhas
Paulista
ninguém contesta é um brasileiro que brilha
Quero
ver cabra de peito pra fazer outra Brasília
No
estado de Goiás meu pagode está mandando
O
bazar do Vardomiro em Brasília é o soberano
No
repique da viola balancei o chão goiano
Vou
fazer a retirada e despedir dos paulistanos
Adeus
que eu já vou me embora que Goiás tá me chamando
Escute
o pot pourri aqui:
□
Þ Gostou desta postagem? Usando os
botões abaixo, compartilhe com seus amigos!
0 Comentários
Seu comentário será publicado em breve e sua dúvida ou sugestão vista pelo Mestre Blogueiro. Caso queira comentar usando o Facebook, basta usar a caixa logo abaixo desta. Não aceitamos comentários com links. Muito obrigado!
NÃO ESQUEÇA DE SEGUIR O BLOG DO MESTRE NAS REDES SOCIAIS (PELO MENU ≡ OU PELA BARRA LATERAL - OU INFERIOR NO MOBILE) E ACOMPANHE AS NOVIDADES!