Famoso pelo corte na orelha, é impossível falar
em pintura sem lembrar-se de Van Gogh. Até o gato mais querido das tirinhas o
menciona como inspiração para Jon, seu dono:
Van Gogh foi um artista que não conquistou
o reconhecimento da classe artística. Seus quadros usavam cores fortes e
representações da natureza e de tudo o que o circundava. Dentre todo o rico
acervo de sua obra, apenas uma foi vendida durante toda a sua vida: “O vinhedo
vermelho.”:
ibuiky
Nunca trabalhou em atividades que gerassem
retorno financeiro. Seu sustento sempre foi promovido pelo irmão Theodorus,
cujas cartas que trocaram foram imprescindíveis para o conhecimento futuro das atividades do
pintor. Estudou até os quinze anos e decidiu trabalhar com evangelização, chegando
a retomar os estudos posteriormente na área da Teologia. Aos 24 anos, passou a
trabalhar apenas com a pintura de seus quadros. Suas flores preferidas eram os
girassóis:
Domingão do Faustão/TV Globo
Foram treze anos na atividade, até vir a
falecer em decorrência de uma doença mental. Os três últimos anos de sua vida
foram os mais produtivos para um total de quatrocentas obras ao longo de toda a
vida.
O corte na orelha foi um dos fatos mais
marcantes de sua história. Durante o tempo em que morou em uma cidade ao sul da
França, Arles, teve como companheiro o pintor Paul Gauguin. Apesar de amigos
com convivência pacífica por muito tempo, os desentendimentos vieram e passaram
a discutir muito; as rixas tornaram-se frequentes, ao ponto de Vincent tentar
matar o companheiro. Frustrado em sua tentativa, cortou o lóbulo de sua orelha
e o embrulhou, enviando-o a uma prostituta, suposta ‘amante’ de Van Gogh, fato
polêmico que ocorreu no final de 1888, ano da Abolição da Escravatura no Brasil.
É importante frisar que outras frustrações, segundo estudos recentes, levaram
ao ato de automutilação. Uma delas seria o casamento do irmão, do qual ele
dependia em todos os aspectos, pois tinha medo de perder este aporte.
Joaquim Tiago
No ano seguinte, depois de hospitalizado,
Vincent já apresentava claros sinais de problemas mentais, que se agravaram aos
poucos. Entretanto, Van Gogh não deixou de pintar, mesmo com suas alucinações,
chegando a acelerar cada vez mais o ritmo de trabalho. Curiosamente, nesta
época, seu trabalho passou a ser reconhecido, aos poucos, participando de
algumas exposições. Foi internado em um asilo por seu irmão por determinado
período, retornando à sociedade para morar em uma residência próxima a de
Theodorus.
Em julho de 1890, Van Gogh toma a decisão
de decretar o fim de sua vida. Não consegue de imediato, vindo a falecer dois
dias depois. Os médicos não conseguiram remover o projétil que Vincent
disparara. Passou as últimas horas de sua vida com seu irmão. Em sua homenagem,
seu caixão foi recoberto por suas flores prediletas.
Veja mais algumas obras deste artista, de
caráter singular. A última imagem reflete a vida difícil que Van Gogh passou; a
simplicidade das posses contrastando com a riqueza da arte.
(Se preferir, use o slideshow do blogger, clicando sobre uma das imagens)
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Domingão do Faustão/TV Globo
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