Fora
habitada por nativos
Que
aqui vivem.
Nas
margens
Do
rio popular “Laje”
Grandiosa
aldeia:
Curumins,
caciques, pajés,
Mulheres
jovens e idosas
Sereias
com olhos d’água,
Aquele
rio era a alegria
de
todos os dias
Bem
cedinho algazarras
nas
margens.
Indiozinhos
nadavam
Os
adultos nas pequenas canoas pescavam:
Piranha,
pirarucu, piaba, pintado, pacu...
Lá
todas as vidas podiam morar:
anta,
onça,
tamanduá,
lobo-guará,
jaburu,
tatu,
arara,
arraia.
O
buriti a balançar
com
seus cachos no ar.
A
pedra brilhou
No
leito do Roosevelt.
Tudo
mudou
Pouco
restou.
Acabou
a “graça”, surgiu a “cobiça”.
Máquinas,
mangueiras
Terra
mexida, peneiras,
esteiras...
Sangue
nos barrancos
Morte
nos barracos.
Não
existem ocas, nem tocas
Extinguiram
os peixes e as caças.
Acabaram
as festas.
Desapareceu
a floresta
E
os curumins com seus arcos e flechas?
—
Estão na cidade com o cacique
nas
compras com caminhoneta
“envenenada”!
Curtindo
a namorada!!
Que
está toda empolgada!!!
Índios
têm diamantes
E
não vivem como antes.
SANTOS,
Vânia de Oliveira
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