Antes do advento da indústria de medicamentos, a população que não tinha acesso às farmácias e usava outras opções de remédios para curar suas enfermidades. Benzeduras, garapas, chás de ervas e cipós, emplastros, etc. eram técnicas usadas para a cura. Segundo pesquisa realizada pelo Projeto ‘Cultivando Água Boa’ da Itaipu Binacional em parceria com outros órgãos, ‘apesar de a maioria das pessoas conhecer e utilizar plantas medicinais (82%), uma parte considerável (16%) as usava de maneira incorreta e ainda desconsiderava a ocorrência de efeitos colaterais. Outro problema identificado é que os profissionais de saúde não estavam capacitados para trabalhar com fitoterápicos e, para atuar nessa área, é necessário gostar do tema e estar convencido da eficiência dessas plantas.’
Os medicamentos halopáticos, fortemente aceitos pela comunidade médica, são mais baratos. Todavia, não se descarta a possibilidade de eficácia dos fitoterápicos. Os dilemas acima apresentados é que prejudicam a expansão deste tipo de medicamento no Brasil, pois as plantas medicinais necessitam de espaço nas pesquisas médicas. Como qualquer medicamento, deve-se atentar à quesitos como dose, efeitos colaterais, alergias, combinações, etc. A sabedoria popular precisa ter a eficácia comprovada pela ciência.
As ervas e plantas medicinais precisam ser
produzidas somente em cultivo orgânico, tendo como vantagem a possibilidade de
plantio em APP’s (Áreas de Preservação Permanente). Em uma área de 1,5 hectare
é possível plantar ervas para abastecer até dez postos de saúde, segundo dados
do ‘Cultivando Água Boa’. Dessa forma, pode-se aliar preservação ambiental e
geração de renda, compensando-se os prejuízos da redução de áreas cultivadas
nas fazendas brasileiras.
Veja
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