Eu tô grandão, por João Luiz Corrêa


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Quando a situação fica flor de especial, o taura tem mesmo é que comemorar.


[Vídeo: Eu sou do Sul]



Companheira não repare no meu jeito
E na cara de satisfeito
Que eu estou mostrando agora
Por muito tempo comi feijão com farinha
E até que enfim a miudinha
Do meu rancho foi embora.

Demorou tanto para terminar a desgraça
Que mesmo com muita raça
Quase que desacorçoei

Mas quando achei
Que já tava tudo perdido
A sorte me deu ouvido
E de novo me levantei

Eu tô grandão, na carestia dei um tombo
Tô bem gordo e são de lombo
Pronto pra qualquer peleia

Eu tô grandão já consegui sair do zero
E por isso que não quero
Ver ninguém de cara feia

Em qualquer mesa,
Não quero que falte nada
Quero ver a mulherada,
Faceira bailando tonta

Pouco me importa se
Alguém me chamar de pato
Não dou bola pra boato
E é tudo por minha conta.

Só pra esquecer que
A miséria é um baita diacho
Vou amanhecer borracho
No colo de uma morena

Seu bolicheiro, serve uma pra ti também
E já me troque essa de cem
Que eu não tenho mais pequena

Agora vejo que esse mundo
É mesmo louco
Se a gente não tem uns troco
Não se pode ser feliz

E já pra mostrar
Que não tô pelas caronas
Vou dar de mão na cordeona
E cantar uns versos que eu fiz

Não tenho rabo
Eu que mando no meu couro
Não é nenhum desaforo
Tô esbanjando só o que é meu

Passei vergonha, desespero e precisão
Só que agora eu tô grandão
E hoje quem paga sou eu.





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