A torre do tempo, de John Gurche

 Arte

 

Hoje vamos falar um pouco mais sobre a obra "A Torre do Tempo", de John Gurche. Esse artista estadunidense tem essa obra exposta no Museu de História Natural de Washington, com impressionantes oito metros de altura.

 

Peça exposta no museu

[Vista do painel de John Gurche. Imagem: Extinct Monsters | Reprodução]


 

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QUEM É JOHN GURCHE?

 

Murais como esse não são o principal tipo de trabalho de John Gurche. O artista já tem quarenta anos de carreira e trabalha com reconstituições do rosto de humanos ancestrais. Sabe aquele que seria o possível rosto de Luzia, mais antigo fóssil das Américas, que você viu nos livros de História? Um artista como ele foi quem fez.

 

Ele foi pela Revista National Geographic para o Quênia buscar pelos ancestrais da família Leakey. Esteve na cave de Lascaux onde artistas ancestrais faziam suas mágicas.

 

Gurche também estudou fósseis de humanos ancestrais no oeste e sul africanos, na Geórgia e em instituições europeias. Também dissecou cartilagens do nariz de gorilas mortos. As obras dele estão espalhadas em museus pelo mundo.

 

Segundo o artista, a ideia não é apenas recriar um rosto: é recriar alguém que tinha emoções. Claro que alguns aspectos não são conhecidos e o artista os desenvolve na representação com base em informações adicionais indicadas pela ciência.

 

Ele também faz pinturas de ancestrais e escreveu um livro: "Shaping Humanity: How Science, Art, and Imagination Help Us Understand Our Origin". O livro tem trezentas e quarenta e cinco páginas e foi publicado pela Yale University Press. 

 

A TORRE DO TEMPO - "TOWER OF TIME"

 

Além das esculturas e ilustrações, John Gurche é muito lembrado pela Torre do tempo, mural vertical do Smithsonian’s National Museum of Natural History. Ele traz toda a história da vida, representando figuras onde eras, períodos... geológicos são representados em sua ordem linear pelos seres de cada um desses marcos.

 

O mural inteiro

[Vista de frente do painel de John Gurche. Imagem: Pinterest | Reprodução]


 

Na representação do Quaternário, mais recente dos três períodos da era Cenozoica, há três rostos humanos. Eles simbolizam o homem moderno, que passou a existir entre cem e quarenta mil anos atrás.

 

Já na representação do Terciário, igualmente na era Cenozoica, há muitos elementos da evolução dos primatas superiores. Também surgem o mamute, o rinoceronte lanudo, assim como os ancestrais do ser humano, como o Aegyptopithecus, Dryopithecus, o Australopithecus e o homem de Neanderthal.

 

Veja que só nesses períodos, muitos detalhes vão sendo contados. Nos anos 1980, chegou a render um pôster de seis páginas na Revista Superinteressante, cheio de aspectos evolutivos que o painel traz. Outras revistas pelo mundo também fizeram o mesmo.

 

DIVIDINDO A ESCALA DE TEMPO GEOLÓGICA

 

Além de Quaternário e Terciário, outros pontos da escala de tempo geológica são representados por períodos, eras e outras divisões, inclusive na Torre do Tempo. Vamos descobrir essas e outras escalas de hierarquia? Confira na sugestão abaixo 👇🏻:

 

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