História
Com a queda da ponte entre as cidades de Estreito (MA) e Aguiarnópolis (TO), em 22 de dezembro de 2024, a situação de várias pontes ao redor do país passou a ser discutida. Nesse ínterim, você já ouviu falar de como é a travessia do Amapá ao Pará e vice-versa?! Vamos falar um pouco mais sobre essa outra ligação importante em nosso país.
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[Uma das “pontes” da travessia do Amapá. Imagem: Aline Kayser | Reprodução] |
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A PONTE INCOMPLETA
O Estado do Amapá é completamente rodeado por rios, logo apenas por pontes seria possível uma travessia a pé ou com automóveis - por terra. Esses rios são o Amazonas, Oiapoque e o Jari. Além deles, há uma parte de orla com o Oceano Atlântico.
Com o Rio Jari, que seria a ligação por terra com o Pará, há uma ponte incompleta há vinte e três anos, com sucessivos adiamentos de término, partindo do município de Laranjal do Jari (vide figura acima). Seriam 406 m de extensão, hoje resumidos à fundação e aos pilares. Segundo o site g1, já foram consumidos vinte e um milhões de reais em recursos dos cofres públicos até então.
Isso faz com que o Amapá seja o único estado brasileiro sem acesso interno nacional por terra. A travessia ocorre via balsa, enquanto isso, ou pelo Rio Amazonas, ou pelo Rio Jari, no sul do Estado. A travessia mais comum é pelo Rio Amazonas, partindo do Porto de Santana, distante 17 km de Macapá. Vão alguns dias de viagem.
Na travessia ao Sul, pelo Rio Jari, vai-se da cidade de Laranjal do Jari até o distrito de Monte Dourado, interior de Almeirim (PA) - onde existia uma fábrica de celulose que atraía trabalhadores do outro lado. O trajeto é feito em poucos minutos. Para transporte de veículos, uma balsa financiada pelo governo do Amapá faz a travessia, enquanto pessoas viajam por catraias particulares.
Além das balsas e da ponte internacional, que falaremos daqui a pouco, o Amapá pode ser acessado via avião. De acordo com o portal g1, não havia voo direto a Macapá, sempre havendo escala entre Belém e Brasília. Em novembro do ano passado, quatro voos diretos semanais para Guarulhos (SP) foram implementados.
HISTÓRICO E DESDOBRAMENTOS DA PONTE INCOMPLETA
A ponte sobre o Rio Jari está em construção desde o ano de 2001, ou seja, há mais de vinte e três anos. As obras começaram sendo arcadas pela Prefeitura de Laranjal do Jari, passando mais tarde à responsabilidade estadual e federal, após paralisações e controvérsias.
Já existem fundações e pilares, e será necessário conferir se há possibilidade de reaproveitamento. Em 2020, houve tratativas para retomada de obras após oito anos de paralisação. Três anos mais tarde, a obra foi integrada ao Novo PAC. Atualmente, as obras estão no projeto chamado "Rota de Integração 01", que envolve os municípios de Oiapoque, Santana e Laranjal do Jari.
A PONTE COMPLETA
Por terra, é possível chegar ao Amapá, mas por via estrangeira. A ponte binacional que está disponível liga esse estado e o Brasil à Guiana Francesa, partindo do município de Oiapoque. Por causa dessa ponte, é comum ouvir que quem mora em Oiapoque tem um pé no Norte e outro na Europa.
Além desse acesso por carros, ainda existe a travessia por catraias. É um meio bem popular e o trajeto leva cerca de 10 min.
IMPACTOS NO PARÁ
A falta de uma ponte em território brasileiro e os outros formatos de travessia afetam a população amapaense. Em termos de custo de vida, alguns produtos são mais baratos do que em outras partes do Brasil, e alguns não. Isso se deve a alguns benefícios fiscais. Pensando em atributos de esperança e sonhos, a ponte seria bem mais do que uma possibilidade de reduzir custo de vida.
O Amapá foi desmembrado do Pará em 1943, sendo território Federal até 1988. Apesar de que haja os rios de entorno e nada de pontes, os povos do Pará e do Amapá são próximos geograficamente e culturalmente.
FALANDO DA PONTE INTERNACIONAL
Comentamos da travessia entre Amapá e Guiana Francesa. Na sugestão de post da linha azul 👇🏻, você descobre mais sobre esse marco entre os dois países:
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