Música
A música “Aonde Quer Que Eu Vá”, composta por Herbert Vianna e gravada pela banda Os Paralamas do Sucesso no álbum “9 Luas” (1996), ganhou uma releitura de Di Ferrero, ex-vocalista do NX Zero. Ambas as versões têm pontos fortes que refletem as épocas e estilos dos respectivos artistas, resultando em abordagens que dialogam com públicos diferentes.
[Intérpretes de “Aonde quer que eu vá” lado a lado. Imagem: Montagem / Canva | Reprodução] |
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Na versão original, Os Paralamas do Sucesso entregam uma balada pop rock que mistura suavidade com uma melodia marcante. A produção musical de Herbert Vianna, Bi Ribeiro e João Barone, em sintonia com os arranjos de metais característicos da banda, dá à canção uma profundidade emocional.
A interpretação de Herbert Vianna se destaca por sua delicadeza, quase melancólica, que dá peso aos versos sobre amor e separação. A banda mantém sua assinatura sonora com arranjos detalhados. A combinação da letra com o instrumental deixa a música com um tom mais maduro e introspectivo, algo esperado do Paralamas na época, que já tinha uma longa carreira e trazia letras mais reflexivas.
Por outro lado, a versão de Di Ferrero atualiza a música para uma estética visual e sonora voltada ao público mais jovem. O clipe traz uma "vibe" anos 2000, lembrando Avril Lavigne em "I’m With You" e/ou a performance de Alanis Morissette para o hit “Crazy”, de Seal, tanto na estética quanto na atitude do cantor.
Ferrero entrega uma performance mais crua e direta, que combina com seu estilo. A produção é mais enxuta, com foco na voz e no acompanhamento básico, o que dá um caráter mais pop e menos elaborado à faixa. Esse minimalismo pode ser interpretado como uma forma de aproximar a canção de uma geração que cresceu ouvindo o NX Zero, mas que busca uma nostalgia musical conectada às suas memórias adolescentes.
A produção mais rica em detalhes e a interpretação mais suave e madura de Vianna fazem da música uma obra que convida à introspecção. Já Di Ferrero opta por uma releitura mais leve, com uma pegada visual e sonora que remete ao pop rock dos anos 2000, buscando atingir um público que se identifica com a estética nostálgica dessa época.
Enquanto a versão dos Paralamas tem um ar mais contemplativo, quase filosófico, a de Di Ferrero aposta em um visual mais despojado e jovem. Ambas são eficazes em seus propósitos: a original cativa pela maturidade e profundidade emocional, enquanto a versão de Ferrero evoca uma nostalgia que dialoga diretamente com as experiências adolescentes de muitos ouvintes.
Ouça “Aonde Quer Que Eu Vá” na versão original dos Paralamas e na regravação do Di Ferrero:
[Versão original da música, por Paralamas do Sucesso | Vídeo de usuário do Youtube]
[Versão de Di Ferrero | Vídeo de usuário do Youtube]
ESSE É UM ARTIGO ESCRITO POR JOÃO PAULO SILVA,
em espaço para contribuição gentilmente cedido pelo Blog do Mestre. Nascido em
Barueri/SP, é bacharel em Letras pela Universidade Estácio de Sá e atualmente
pós-graduando em Revisão de Texto pela PUC Minas.
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