Quais as moedas que o Brasil teve?

 Dinheiro

 

Houve nove trocas de padrão monetário no Brasil. Além disso, várias moedas e notas compuseram esses padrões. O primeiro desses padrões foi o "Réis", que permaneceu por mais de quatrocentos anos em circulação. A segunda moeda seria o Cruzeiro, em 1942 e, após mais de cinco décadas viria o Real.

 

Várias curiosidades sobre a história do dinheiro no Brasil (econômica e numismática) estão na cartilha "Dinheiro no Brasil", divulgada pelo Banco Central do Brasil. Algumas delas basearam este post. Siga e confira!

 

Uma nota de dois reais e outra de cinquenta

[Algumas notas da nossa atual moeda. Imagem: Daniel Dan/ Pexels | Reprodução]


 

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ANTES DE TERMOS MOEDA

 

A moeda é uma forma de equivalência entre objetos. Antes dela, as trocas se basearam em pau-brasil, ou usando moedas estrangeiras.

 

Em 8 de março de 1694, Brasil Colônia, foi criada a Casa da Moeda do Brasil, ligada ao Ministério da Fazenda. Ela era sediada na Bahia, em Salvador, e fabricava moedas com o ouro advindo das minerações. Havia dificuldades anteriores no Brasil pelo crescimento do comércio local e a falta de moedas em quantidade compatível.

 

A cunhagem das primeiras moedas aconteceu um ano após a fundação (1695) e, com elas, foram sendo substituídas as moedas estrangeiras. A série das patacas tinha:

 

Ouro:

 

× 1.000 réis

× 2.000 réis

× 4.000 réis

 

Prata:

 

× 20 réis

× 40 réis

× 80 réis

× 160 réis

× 320 réis

× 640 réis

 

Falando em réis, confira o próximo tópico...

 

RÉIS

 

Era uma moeda que já circulava no Brasil desde a colonização. Com a independência, em 1822, o Réis foi mantido como moeda brasileira, mas com modificações. Em 1834, a Casa da Moeda do Rio de Janeiro cunhou novas moedas de prata em substituição às patacas.

 

Dom Pedro I, em comemoração a sua coroação, ordenou que se cunhassem moedas de seis mil e quatrocentos réis, em ouro, as chamadas "peças da coroação". O resultado não agradou e apenas sessenta e quatro moedas foram fabricadas, sendo peça rara nos dias atuais.

 

Com a independência, as moedas de ouro e prata deixaram de ter o brasão de armas de Portugal e receberam os símbolos do império. Acrescentou-se também a expressão "In hoc signo vinces" ou "Com esse sinal vencerás".

 

Durante os anos de 1823 a 1831, as casas da moeda da Bahia e do Rio de Janeiro passaram a contar com outras casas de fundição cunhando moedas de cobre. Esse padrão permitia muitas falsificações e isso levou ao recolhimento e troca por cédulas do Tesouro Nacional. Essas cédulas são, atualmente, muito raras.

 

Três anos depois, em 1834, a série chamada "Cruzado" foi lançada pela Casa da Moeda do Rio de Janeiro. Eram moedas de 400 réis ou um cruzado que eram cunhadas em prata.

 

Já em 1935, foram uniformizadas as cédulas em circulação, reduzindo falsificações. Cédulas do antigo Banco do Brasil e as de troco de cobre deram lugar às cédulas do Tesouro Nacional, que pela primeira vez assumia o monopólio dessa tarefa.

 

A população foi aumentando e fazer moedas metálicas com metais preciosos ficou muito caro. A solução passou pelas cédulas e, como o território brasileiro é muito extenso, de 1836 a 1854, o governo imperial autorizou os bancos particulares a emitirem cédulas em conjunto com o Tesouro Nacional.

 

Em 1854, o Banco do Brasil e o Banco Comercial do Rio de Janeiro se fundiram e surgiu o novo Banco do Brasil. Nesse momento, era o único banco emissor. Três anos mais tarde, outros bancos foram autorizados e houve alguns momentos em que o Banco do Brasil voltou a ser o emissor exclusivo no período de 1862 a 1930. Depois, nunca reassumiu a incumbência.

 

As moedas assumiram papel de troco e as notas de serem os valores maiores. O cobre foi substiuído pelo bronze em 1868 e cuproníquel em 1870.

 

Com a proclamação da república, os réis foram mantidos, mas novamente mudariam de padrão estético. A gravação da alegoria da república ocorreu em moedas de ouro e prata. Falando em ouro, como era muito caro, deixou de ser usado em 1922.

 

CRUZEIRO

 

O Cruzeiro ou Cr$ foi nossa moeda de 1942 a 1967. No ano em que foi criado, havia cinquenta e seis tipos diferentes de cédulas, que foram padronizadas a um número mais factível.

 

Na troca de padrão monetário, foi necessária uma forma de conversão. Um cruzeiro correspondeu a mil réis.

 

CRUZEIRO NOVO

 

Já durante a ditadura militar no Brasil, de 1967 a 1970, surgiu o Cruzeiro Novo (NCr$), que equivalia a mil Cruzeiros "velhos". Foi um padrão temporário para a preparação de novas cédulas e adaptar a sociedade para o corte dos três zeros. As cédulas receberam carimbos com a remarcação de valores.

 

CRUZEIRO

 

De 1970 a 1986 o Cruzeiro (Cr$) voltou, equivalendo a um Cruzeiro Novo. O "velho" virava o "novo".

 

CRUZADO

 

O Cruzado (Cz$) perdurou se 1986 a 1989. A inflação havia crescido desde 1980 e então buscou-se o novo padrão monetário.

 

O Cruzado equivaleu a mil cruzeiros. Houve o reaproveitamento de cédulas com carimbos e aproveitamento de legendas.

 

CRUZADO NOVO

 

Em janeiro de 1989, nossa moeda se tornou o Cruzado Novo (NCz$), perdurando até 1990. Mil cruzados equivaleram a um cruzado novo. O primeiro passo foi a remarcação de cédulas, com posterior emissão de novos modelos.

 

CRUZEIRO

 

Para variar, nossa moeda voltou a se chamar cruzeiro (Cr$), perdurando de março de 1990 a 1993. Também houve cédulas carimbadas e cédulas do padrão.

 

CRUZEIRO REAL

 

O Cruzeiro Real ou CR$ foi a moeda brasileira entre 1993 a 1994. Novamente ocorreu o corte de três dígitos na equivalência e o reaproveitamento de cédulas junto das novas.

 

REAL

 

O Real é o atual padrão monetário brasileiro desde 1° de junho de 1994. A equivalência foi de R$ 1,00 = CR$ 2.750,00.

 

Não houve reaproveitamento de cédulas. A substituição ocorreu por completo e a Casa da Moeda Brasileira se adaptou rápido e trabalhou para isso.

 

Ao longo duma primeira fase das cédulas, as notas de um real deixaram de circular, surgiram notas de dois reais e uma comemorativa de dez reais com zona plástica avermelhada. Nas moedas, um novo padrão de R$ 0,50 surgiu, bem como a moeda de R$ 1,00.

 

Em 2008, a Casa da Moeda foi fortemente modernizada com máquinas modernas. Isso permitiu lançar uma segunda linha do Real, mais moderna e segura. Nesse momento, já existiam notas de R$ 20,00 e, em 2020, surgiu a nota de R$ 200,00.

 

DREX

 

Novos meios de pagamento e formatos surgem e são paralelos à moeda física. O Real digital foi chamado de Drex e funciona como ativo tokenizado. O futuro está chegando!

 

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