Infecção urinária na gestação é comum e merece atenção

Saiba quais são as causas, sintomas e riscos do problema, além da importância do tratamento adequado  

 

Mulheres grávidas estão mais suscetíveis à infecção urinária. As transformações físicas e hormonais ocorridas durante a gestação, associadas ao histórico da paciente, podem contribuir para o desenvolvimento da doença. Embora comum, as autoridades de saúde alertam sobre a necessidade de atenção e cuidados para evitar complicações à mãe e ao bebê.

 

Na gravidez, acontecem adaptações fisiológicas e mudanças metabólicas. O aumento do útero provoca a compressão da bexiga e dos ureteres; as ações da progesterona no organismo podem acarretar refluxo urinário e até mesmo incapacidade de urinar. Esses fatores possibilitam o desenvolvimento do quadro de infecção urinária, como explica o Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira da Fundação Oswaldo Cruz (IFF/Fiocruz).

 

Além disso, mulheres que apresentam alcalinização da urina, glicosúria (maior liberação de glicose pela urina) e histórico de infecção urinária repetitiva têm maior probabilidade de manifestá-la novamente na gravidez. Por conta da incidência de casos, os profissionais de obstetrícia incluem exames de urocultura, que permitem identificar a infecção urinária durante o pré-natal.

 


Grávida precisa de vários cuidados para sua saúde e de seu bebê
[Infecção urinária afeta as gestantes. Imagem: Freepik]


 

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TIPOS DE INFECÇÃO E SINTOMAS

 

A presença de agentes infecciosos como bactérias e fungos na região do trato urinário, em grande quantidade, caracteriza o quadro de infecção urinária, como informa o estudo sobre o tema desenvolvido e publicado pela Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal. A pesquisa mostra que entre 2 % e 7 % das gestantes apresentam bactérias na urina, mas não manifestam sintomas do problema. Essa situação é mais frequente no primeiro trimestre de gravidez, porém, quando não identificados e tratados, até 35 % dos casos evoluem para um quadro infeccioso sintomático.

 

A infecção que atinge o trato urinário inferior, na região da bexiga, é chamada de cistite aguda. Nessa condição, a paciente costuma apresentar ardência ao urinar, aumento da vontade de ir ao banheiro e, ao mesmo tempo, menor volume de urina, que surge com coloração e odor mais fortes. Também pode causar desconforto na parte abdominal inferior e a presença de sangue na urina.

 

Já quando a infecção atinge o trato urinário superior e os rins, é chamada de pielonefrite aguda. Aqui, a paciente também pode apresentar dor na lombar, náusea, vômito, febre e tremores. O quadro é considerado mais grave e exige atenção redobrada. Segundo o estudo, até 20 % dos casos podem evoluir para complicações, como a sepse materna.

 

DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO

 

A orientação das autoridades de saúde é para que as gestantes façam o acompanhamento pré-natal e realizem os exames solicitados pelo obstetra. Se houver sintomas de infecção urinária, é preciso relatar ao profissional que acompanha a paciente.

 

Além da avaliação de urocultura, podem ser solicitados outros exames, laboratoriais e de imagem, para um diagnóstico mais preciso. Também pode ser indicada a consulta com um profissional de urologia, especialidade médica que trata de doenças do sistema urinário de pessoas de ambos os sexos.

 

O tratamento varia de acordo com o tipo de infecção, mas usualmente é com base em antibióticos prescritos pelo médico. O Ministério da Saúde alerta para que as gestantes façam o acompanhamento com profissional e não realizem automedicação. Se não for tratada de forma correta, a infecção urinária pode provocar rotura prematura de membrana, trabalho de parto prematuro, infecção neonatal e sepse materna.

 

FORMAS DE PREVENÇÃO

 

Alguns cuidados ajudam as mulheres na prevenção à infecção urinária, como manter-se hidratada, ter uma dieta equilibrada, não adiar a ida ao banheiro, manter os hábitos de higiene e evitar roupas apertadas. Durante a gravidez, além da rotina habitual de cuidados, o acompanhamento pré-natal, a realização de exames e o diálogo com o profissional que acompanha a gestante são ações que contribuem para a prevenção e o diagnóstico precoce.

 

APÓS A GESTAÇÃO, NA AMAMENTAÇÃO

 

Outra curiosidade que pode surgir depois da gravidez é quanto a amamentação e uma nova gravidez: será que isso tem a ver?! Na sugestão de post da linha azul 👇🏻, você entende melhor o assunto:

 

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