Onde está o erro? (III)

Variedades


Principalmente em remédios, onde as quantidades de princípios ativos são pequenas, em massa, é comum encontrar o nome do princípio, uma quantidade e a unidade [mcg]. Ué, mas não existem apenas [cg] e [mg], ou seja, centigramas e miligramas? Ou isso seria o milicentigrama, uma nova unidade de massa? 

http://www.oblogdomestre.com.br/2017/11/OndeEstaOErro.III.mcg.Curiosidades.html
[“mcg”. Imagem: O Blog do Mestre]



Ao observar as grafias padrão e as regras do sistema metrológico brasileiro, vemos que os fabricantes de remédios fazem igualzinho às placas de beira-de-estrada, onde as distâncias são em MTS (sic). Elas complicam algo que seria facilmente descritível se adequadamente representado.

Trata-se do micrograma, que é a milésima parte de um grama, ou seja, 1 ∙ 10-6 g. Segundo os padrões de sistemas de unidades (veja mais nos posts sugeridos), o prefixo para “micro” seria a letra grega mi: μ. Desse modo, um micrograma seria escrito como 1 μg.

Já que estamos falando de erros, alguns textos em inglês, de autores relacionados à área médica, embasam o uso de formas errôneas, como o [mcg], como forma de evitar erros em medicações e até superdosagens. Também citam outras formas estranhíssimas, como [cc] ao invés de [cm³]. 

O fato é o seguinte: quando se trata da área médica, seria fundamental o uso de computadores para a impressão de receitas, caligrafia legível ou ainda por extenso, como se faz no Reino Unido. Não adianta alterar o nome de unidades de medida para algo maluco, pois isso evita os benefícios da padronização de linguagem que os sistemas de unidades e suas normas trazem.



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