História
Milhares de mulheres são vítimas diárias de
violência doméstica. Por repressão de outras pessoas na sociedade, por medo ou
de perder seu/sua cônjuge ou convivente, ou outros tantos motivos, muitas
deixam de denunciar maus-tratos. O problema é que, além de uma agressão
representar uma total falta de amor, carinho e respeito, pode ter consequências
graves que vão de hematomas, lesões e deficiências graves até a morte. Maria
da Penha Maia Fernandes poderia ter tido um destino trágico como tantas outras
mulheres, mas mudou o rumo de sua história.
[Imagem: Carta Capital] |
No ano de 1983, o marido da farmacêutica
Maria da Penha tentou tirar sua vida em duas oportunidades. Na primeira, atirou
(com arma de fogo) contra ela, levando-a a ficar paraplégica. Mais adiante,
tentou matá-la por eletrocussão e afogamento e, desta vez, foi denunciado pela
tentativa de homicídio. A morosidade da Justiça mais uma vez se fez presente,
com a condenação do ex-marido apenas 19 anos depois. Para se ter uma ideia,
hoje (em 2016), se não houvessem novos processos na Justiça Brasileira, seriam
necessários 3 anos para liquidar todos os existentes.
A Lei Nº 11.340, de 7 de agosto de 2006,
conhecida como Lei Maria da Penha (para acessar, clique aqui) prevê
punições para o cônjuge (principalmente, mas podem ser outras pessoas) que
atentar contra a mulher, estendendo-se aos novos(as) companheiros(as), filhos(as)
e outros parentes. Outros dispositivos legais ampararam Maria da Penha à época da
condenação do marido, pois há uma lacuna de 4 anos em relação à criação da Lei.
Com dez anos de criação, há um balanço
positivo na redução do número de casos de violência contra a mulher, desde que
haja a associação da Lei à educação preventiva, instituições atuando (como
delegacias da mulher) e, principalmente, ter a coragem de denunciar o agressor.
A Organização das Nações Unidas (ONU) reconhece a Lei como uma das três
melhores do mundo no enfrentamento contra a violência da mulher (dentro dos 17
objetivos para mudar o mundo).
Entretanto, se Maria da Penha fez história
ao denunciar seu agressor, todas as mulheres que venham a sofrer agressão têm
de fazer valer a Lei. Em curso, a mudança de valores da sociedade, no que se
refere a culpar a mulher pelas agressões, precisará mudar.
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