Variedades
As cantigas de roda são uma das mais
bonitas formas de manter viva a cultura e as tradições folclóricas brasileiras.
Com um mundo cada vez mais tecnológico, onde jogos e brincadeiras manuais e em
grupo são deixados um pouco de lado, é preciso criar esta cultura entre as
crianças, fortalecendo as relações de amizade entre as crianças, já que ninguém
faz uma ciranda sozinho, nem deixa a canoa virar sem alguém ficar sabendo...
Prova de que as canções de roda ainda fazem
sucesso, a mais famosa galinha, azul com pintinhas, canta muitas delas em seus
vídeos. Mesmo assim, não são só as canções que precisam ser lembradas, mas a
brincadeira coletiva, ao ar livre, tão simples e tão divertida...
[Imagem: A Fábrica de Desenhos] |
São
muitas as canções de roda, tantas que nem sempre fazemos ideia de todas. Como
exemplos, listamos algumas letras de canções de roda populares em todo o
Brasil:
“Que
lindos olhos, que lindos olhos tem você / Que ainda hoje, que ainda hoje eu
reparei / Se eu reparasse, se eu reparasse a mais tempo / Eu não amava, eu não
amava quem amei”
“Há
três noites que eu não durmo, olalá! / Pois perdi o meu galinho, olalá! / Coitadinho,
olalá! / Pobrezinho, olalá! / Eu perdi lá no jardim. / Ele é branco e amarelo,
olalá! / Tem a crista vermelhinha, olalá! / Bate as asas, olalá! Abre o bico,
olalá! / Ele faz qui-ri-qui-qui. / Já rodei em Mato Grosso, olalá! / Amazonas e
Pará, olalá! / Encontrei, olalá ! Meu galinho, olalá! / No sertão do Ceará!”
“Alecrim,
alecrim dourado / Que nasceu no campo sem ser semeado / Foi o meu amor que me
disse assim, que me disse assim / Que a flor do campo é o alecrim.”
Ou
“Meu
capim, meu capim dourado / Que nasceu no campo sem ser semeado / Foi o meu amor
que me disse assim, que me disse assim / Que a flor do campo é o meu capim.”
“Ciranda,
cirandinha / Vamos todos cirandar! / Vamos dar a meia volta / Volta e meia
vamos dar / O anel que tu me destes / Era vidro e se quebrou / O amor que tu me
tinhas / Era pouco e se acabou / Por isso, dona Rosa / Entre dentro desta roda
/ Diga um verso bem bonito / Diga adeus e vá se embora.”
“Capelinha
de Melão é de São João / É de Cravo, é de Rosa, é de Manjericão, / São João
está dormindo / Não acorda não! / Acordaí, acordaí, acordaí, João!”
“A
canoa virou / Por quê tinha que virar? Foi por causa de ‘alguém’ / Que não
soube remar / A canoa virou / Por quê tinha que virar? Foi por causa de ‘alguém’
/ Que não soube remar / Se eu fosse um peixinho / E soubesse nadar / Eu tirava ‘tal
amigo(a)’ / Lá do fundo do mar...”
E,
no caso da galinha pintadinha:
“Siriri
pra lá, siriri pra cá, a galinha não sabe nadar!”
“Fui
no Tororó beber água não achei/ Achei linda Morena / Que no Tororó deixei / Aproveita
minha gente / Que uma noite não é nada / Se não dormir agora / Dormirá de
madrugada / Oh! Dona Maria, / Oh! Mariazinha, entra nesta roda / Ou ficarás
sozinha! / Sozinha eu não fico / Nem hei de ficar! / Por que eu tenho o
Paulinho / Para ser o meu par!”
“O
meu boi morreu / O que será de mim / Mande buscar outro, oh Morena / Lá no
Piauí / O meu boi morreu / O que será da vaca / Pinga com limão, oh Morena / Cura
urucubaca”
“Nicolau
tinha uma flauta / a flauta de Nicolau / Sua mãe sempre dizia: Toque a flauta
...”
“Eu
mandei fazer um laço do couro do jacaré / Pra laçar o boi barroso, num cavalo
pangaré / Meu Boi Barroso, meu Boi Pitanga / O teu lugar, ai, é lá na cana / Adeus
menina, eu vou me embora / Não sou daqui, ai, sou lá de fora / Meu bonito Boi
Barroso, que eu já dava por perdido / Deixando rastro na areia logo foi
reconhecido”
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