Ciência & Saúde
A
fotossíntese, dentro do contexto da cadeia alimentar, é a principal fonte de
produção de energia para os seres vivos. Segundo o próprio nome aponta, é a síntese
de substâncias orgânicas, em presença de luz, com a formação de oxigênio. A
formação deste subproduto é outro grande benefício da ocorrência deste conjunto
de reações químicas, cujo oxigênio contido na molécula de água é convertido em
gás oxigênio por vegetais e, principalmente, por algas marinhas.
O
dióxido de carbono, ou gás carbônico, presente no conjunto de reações, é
convertido em moléculas orgânicas de glicose, sendo o terceiro benefício da
fotossíntese, pois este é um dos principais gases do efeito estufa. Não se quer
dizer aqui que não é bom haver gás carbônico na natureza, porém seus níveis
estão atingindo valores acima do ideal, com claro aumento da temperatura média
do planeta.
A
seguir, iremos conhecer um pouco mais sobre as etapas da fotossíntese, em sua
fase luminosa, onde há necessidade da presença de luz, e a fase escura.
[Algas marinhas, as maiores geradoras de oxigênio.
Imagem: Site de curiosidades]
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Antes
de iniciar a descrição, avaliemos o que é necessário à fotossíntese como um
todo: luz, dióxido de carbono, água e, sendo uma reação química, uma dada
temperatura. Assim, se a intensidade luminosa estiver abaixo de um mínimo
ideal, ou a concentração ambiente de CO2, tem-se fatores limitantes
das reações. O aumento da temperatura acelera as reações de fotossíntese, até o
ponto que outros fatores a limitem.
Ao
receber a luz, as moléculas de clorofila são capazes de absorver os fótons,
principalmente os do espectro eletromagnético que correspondem às luzes azul e
vermelha. Com isso, os átomos são excitados, com seus elétrons passando para
camadas mais energéticas, e liberando esta energia em seguida.
Junto
com a clorofila, há cerca de 200 a 450 moléculas de pigmentos acessórios e
enzimas que compõem, dentro dos cloroplastos, os fotossistemas. Apesar de que
todas as moléculas que compõem os fotossistemas possam absorver a energia de
fótons, há apenas duas que as utilizam para as reações da chamada fase
luminosa, chamadas de centro de reação.
A
energia absorvida é usada na síntese de ATP (Trifosfato de Adenosina) e NADPH2.
Na fotofosforilação cíclica, as moléculas de clorofila recebem e liberam a
energia advinda dos fótons, não havendo perda de elétrons e sendo formado
apenas ATP. Já na fotofosforilação acíclica, a plastoquinona, após o
desprendimento dos elétrons excitados pelos fótons da clorofila, recebe
elétrons e participa da formação de ATP. Em presença de luz e clorofila, ocorre
a fotólise (quebra) da molécula de água, que cede os elétrons perdidos à
molécula de clorofila que perdeu alguns deles anteriormente, cede o cátion
hidrogênio para formar NADPH2 e o oxigênio é liberado.
Na
fase escura da fotossíntese, o ATP e o NADPH2 produzidos na
fase luminosa são consumidos e retornam como ADP (Difosfato de adenosina) e
NADP (Fosfato de Nicotinamida Adenina Dinucleotídeo) para compor a fase
luminosa de novo. Também é consumido o dióxido de carbono, em um ciclo chamado
de Ciclo de Calvin ou Ciclo das pentoses (o dióxido de carbono se
transforma em moléculas intermediárias de ácidos fosfoglicéricos, aldeídos
fosfoglicéricos e ribuloses).
São necessários seis ciclos para a formação de
uma molécula de glicose, que não é facilmente encontrada livre nos organismos
fotossintetizantes, sendo ou convertida em outro glicídio, a sacarose, para
transporte, ou em amido, para armazenamento.
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