Acidentes frequentes têm demonstrado que é difícil ser ciclista no Brasil

Falta estrutura e consciência


Tanto pela questão ambiental como pela mobilidade urbana, a adesão à bicicleta com meio de transporte ainda é uma tarefa árdua em nosso país. Segundo as leis brasileiras de trânsito, o ciclista, quando pedalando, é considerado como motorista portando veículo e, assim como no caso de motocicletas, deve obedecer às regras de sinalização, faixas de pedestres, sentido de fluxo, etc. Porém, quando apenas levando sua bicicleta, o ciclista é considerado como pedestre, devendo circular por calçadas e faixas de pedestres.

[Questão ambiental, mobilidade urbana e prática de exercício físico estão entre os benefícios de usar bicicletas. Foto: Desenhos Wiki]

Entretanto, apesar de que haja regras de circulação e sejam incluídos os ciclistas dentro delas, a convivência é bastante difícil. Os veículos menores sempre estão em desvantagem em relação aos demais, tanto em porte quanto em segurança do motorista. Trivialmente este ponto não deveria ser importante, pois não importa o tamanho do veículo, o trânsito precisa ser para todos.
Em alguns locais de nosso país já há infraestrutura disponível para os ciclistas, como ciclovias (vias exclusivas) e ciclofaixas (faixas exclusivas da pista de rolamento). Porém, na maioria das cidades, elas se encontram desconectadas, de modo que, em algum momento, o ciclista necessitará passar pelas pistas comuns e enfrentar os mesmos problemas de sempre.
É fundamental que cresça esta infraestrutura, e que os demais motoristas respeitem os ciclistas, que devem agir de igual forma, para que não vejamos mais tantos acidentes envolvendo-os. Somente nesta semana, houve um acidente na zona sul do Rio, Jardim Botânico, em que, felizmente, o ciclista atropelado por um ônibus sofreu apenas fraturas leves, sendo socorrido em seguida pelo motorista do ônibus, que afirma ser a primeira vez que isto ocorre com ele. Espera-se que seja a última. Já em Florianópolis, no campus da Universidade Federal de Santa Catarina, uma jovem do curso de Oceanografia foi atropelada e não teve a mesma sorte, vindo a falecer. Em protesto, um grupo de estudantes da UFSC fixou uma bicicleta branca em um dos retornos de acesso da Universidade visando simbolizar a morte da morte da jovem e chamar atenção para os problemas enfrentados pelos ciclistas.
Muitos outros casos ocorreram, sendo que alguns terminaram da pior maneira possível, com a perda de mais e mais brasileiros e brasileiras que buscam, por meio de uma iniciativa simples, fazer a diferença. Para que mais pessoas se interessem pelo uso da bicicleta, e que, quem ainda não decidiu não acabe desistindo, são urgentes as mudanças de comportamento e iniciativas públicas de incentivo para mais esta carência do Gigante que acordou.
 







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