Algumas palavrinhas e expressões da Língua Portuguesa (XII)

Você já ouviu uma farfalhada? 



[Fotomontagem. Imagens: Toda letra / ADUSEPS]

Risco de vida/morte: O uso ou não de uma destas expressões é polêmico. Para professores como Sérgio Nogueira (consultor de programas de TV como o Caldeirão do Huck e o Estúdio i), conforme divulgado em seu blog no G1; e Pasquale Cipro Neto, na Rádio Globo; as duas expressões estão corretas. O uso da expressão risco de morte se deveria à interpretação literal da palavra risco, considerando que risco indica algo que seja uma possibilidade, no caso, a morte, pois a única alternativa ao estar vivo seria esta. Já a defesa à expressão risco de vida seria que ocorre a figura de linguagem da elipse, onde estaria subentendido risco de (perder a) vida. Entretanto, esta defesa não é suficiente, pois o uso de subentendimentos pode levar a erros (em negrito) como Hoje é dezesseis de janeiro... ou Vou à São Paulo... por supostas elipses Hoje é (dia) dezesseis de janeiro... ou Vou à (cidade de) São Paulo, que são erroneamente usadas como justificativa.
É preferível usar risco de vida por ser uma expressão tradicionalmente utilizada, e não ser incorreta, para evitar estranhamentos. Outra defesa ao uso desta expressão é de Rogério Antonio Lopez, em artigo do jornal A Gazeta do Iguaçu. Para Rogério, a morte é uma certeza, e o termo risco indica algo que seja um possibilidade, algo em que há algum tipo de dúvida. Quando alguém tem risco de vida, a continuidade de sua vida é que está em jogo. Lopez coloca ainda o uso de risco de morte como uma ‘reinvenção da roda’.


Baluarte: É o nome dado ao que poderíamos chamar hoje de ‘fortaleza de segurança máxima’, em que era dificílima a invasão por inimigos.


Fase: em seu significado mais amplo, indica uma etapa, algo temporário de que se precisa cumprir ou vivenciar. Para a Física, as fases indicam uma parte de um sistema heterogêneo, podendo ser de uma mesma substância em diferentes estados físicos da matéria, ou diferentes substâncias que não são miscíveis. Em instalações elétricas, um dos cabos usados para ligar tomadas e lâmpadas.


Cantil: pequeno frasco usado para armazenar água durante travessias no deserto, ou em tamanho reduzido (de bolso), para o transporte de líquidos quaisquer.


Atualização: Processo pelo qual atividades, pessoas, objetos ou programas de computador passam visando à melhoria de alguma característica ou a adequação a alguma nova exigência que o mundo faz. O processo de atualização de um computador pode ser comparado à mutação de espécies ao longo dos anos, ou seja, necessário à sobrevivência.


Para: preposição usada quando se define finalidade, opinião (Para mim, ...) ou inadequadamente como sinônimo de pare, quando alguém diz, por exemplo, ‘para de me bater!’. Na informática, para é uma forma de construção de algoritmos em que há repetições em número finito de vezes, usada em linguagens como C# e Visual Basic.


Jactância: não é bem vista aos olhos de quem a observa, pois os autoelogios não são unânimes na maioria das situações. Sinônimo de vaidade, arrogância, ostentação, orgulho.


Féria: é o nome dado ao montante que corresponde a um determinado período de trabalho ou de vendas, podendo haver féria diária, féria semanal, féria quinzenal, etc.


Banhado: Em algumas regiões do país, nome dado para regiões de pântanos em meio ao campo ou à mata.


Tapera: local onde há muitos anos houve moradia ou construção que não recebeu manutenção e acabou totalmente deteriorada. Em zonas rurais, se vê a presença humana pela existência de árvores frutíferas ou cercas derrubadas.


Farfalhada: Muito presente em dias de forte ventania, a farfalhada é o som advindo do bater de folhas das árvores pelo movimento intenso do vento. Antigamente, era sinônimo de insignificância.


Afasia: é o nome dado à impossibilidade de falar e escrever ou de conseguir entender o que outra pessoa fala ou escreve, devido à lesão cerebral.


Zás-trás ou vapt-vupt: são algumas onomatopeias usadas na língua portuguesa para indicar algo que ocorre muito rapidamente ou que seja razoavelmente eficiente. Na leitura destas duas palavras, o ritmo adotado deve ser, de preferência, rápido como o significado. 


Galera: É o nome informal que se dá a um conjunto de pessoas, geralmente íntimas entre si, companheiras em alguma atividade. Porém, há outros significados menos conhecidos para esta palavra, como sendo o nome de forno de fundição ou, antigamente, à carroça que transportava bombeiros para o combate de incêndios. Também denomina um tipo de embarcação estreita e comprida, munida de velas e remos, que possuía dois ou três mastros.


De boa: ao longo do tempo, a forma de se dizer estar bem ou tranquilo mudou. Em tempos remotos, um sujeito diria que gozava de boas condições. Nas últimas décadas o século passado, o cara estava numa boa. E hoje, tá de boa... 


Obnubilação: Caracteriza uma perturbação de consciência, devido à lentidão de pensamento. Pode-se chamar de obnubilação aquilo que acontece quando chega o verão e um estudante necessita pensar rapidamente em seus estudos, o que não ocorre.


Manjar-branco: Cai bem com uma compota de ameixas pretas. O Manjar-branco nada mais é do que um tipo de pudim que contém amido de milho, leite, açúcar e coco. 

 

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