Combinação
linear é a descrição de um vetor em termos da soma de múltiplos escalares de
outros vetores. Todos os vetores são, independentemente das suas componentes,
combinações lineares de outros vetores. Exemplo:
Dados
VT = (1 -1 0), V1T
= (3 4
-2), V2T =
(1 -2 0) e V3T =
(0 0 1); a combinação linear dos três é dada pela igualdade:
VT = x1(3 4 -2) + x2(1
-2 0) + x3(0 0 1)
VT = x1V1T
+ x2V2T + x3V3T.
A
generalização deste fato é dada por VT = Σni=1
xiViT.
Um
caso especial é o da combinação linear por vetores canônicos, em que x1,
x2, x3 ... xn são as próprias componentes do
vetor original. Exemplo:
VT = (1 4 5) = 1(1 0 0) + 4(0 1 0) + 5(0 0
1)
Como
dissemos no post ‘Propriedades e operações com vetores I’, dois vetores são
paralelos ou colineares se um for múltiplo escalar do outro. Este é um caso
especial de combinação linear, em que um vetor VT = αUT =
x1UT. Neste caso, os vetores possuem mesma direção e
sentido, e a norma do vetor V é igual a α vezes a norma do vetor U. Exemplo:
1
– Dado o vetor AT = (1
-1 2), determine um vetor BT
na mesma direção e sentido de A tal que ll B ll = 1.
Resolução:
O
vetor B é múltiplo escalar de A. Dessa forma, o vetor B é da forma α(A) e a
norma do vetor B é igual a α ll A ll. Então:
ll A ll = (12 + (-1)2 + 22)½
= 6½.
ll B ll = α ll A ll
1 = 6½α
α = 1/6½
E assim, definindo o vetor B pela fórmula acima (BT
= Σni=1
xiAT), obtemos
BT = (1/6½ -1/6½ 2/6½)
□
O
Produto interno de vetores é dado pela forma UTV e resulta em um
número (grandeza escalar). Aplicando esta ideia à norma de vetores, podemos
definir ll v ll para um vetor v qualquer como:
ll v ll = (vTv)½ □
O Produto exterior ou externo de vetores é o
produto de dois vetores V e UT que gera uma matriz de ordem
correspondente ao número de componentes de V, quadrada. Este produto é dado por
VUT.
O
produto vetorial entre dois vetores é um terceiro tipo de produto possível, em
que o resultado é um terceiro vetor, ortogonal aos demais, ou seja, o vetor
gerado neste produto forma pares de ângulos de noventa graus com os demais.
Este terceiro vetor é denotado da seguinte maneira: WT = (U x V)T
= (d1 d2 d3 ... dn) [leia-se W transposto igual a U vetorial V
transposto]. As componentes d1, d2, d3, ... e
dn de WT são calculadas usando discriminantes com as
componentes de U e V que não possuam o mesmo índice da componente que se deseja
calcular. Em um produto escalar no R3, este vetor WT é da
forma (d1 d2 d3) em que:
d1
= x1(u2v3 – u3v2), d2
= – x2(u1v3 – u3v1) e d3
= x3(u1v2 – u2v1).
Num
primeiro momento, esta expressão pode parecer muito complicada, mas observe que
cada componente do vetor é o produto entre uma variável xn vezes o
discriminante de uma matriz de ordem 2 em que não aparecem as componentes de
mesmo índice de x. No caso de x2, o sinal é negativo.
WT
= [x1(u2v3 – u3v2) – x2(u1v3 –
u3v1) x3(u1v2
– u2v1)]
Construindo
um paralelepípedo com lados ll U ll, ll V ll e ll W ll; (sendo U, V e W os
vetores do exemplo acima) a área deste sólido geométrico é dada pelo produto da
norma dos três, pois, como vimos, U, V e W são ortogonais.
Nos
próximos posts, veremos o produto misto de vetores, a área do paralelogramo e
do paralelepípedo descritos por vetores no R2 e no R3.
*
Usamos vetores na forma VT para facilitar o desenvolvimento das
notações e raciocínios aqui usados em um espaço mais reduzido, sem afetar o
conteúdo. Se preferir, Escreva os vetores sem a transposição para ver estas
propriedades.
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