(fragmento
VIII)
O
pobre leito meu desfeito ainda
A
febre aponta da noturna insônia,
Aqui,
lânguido, a noite debati-me,
Em
vãos delírios anelando um beijo...
E
a donzela ideal nos róseos lábios,
No
doce berço do moreno seio
Minha
vida embalou estremecendo...
Foram
sonhos contudo. A minha vida
Se
esgota em ilusões. E quando a fada
que
diviniza meu pensar ardente,
Um
instante em seus braços me descansa
E
roça a medo em meus ardentes lábios
Um
beijo que de amor me turva os olhos,
Me
ateia o sangue, me enlanguece a fronte,
Um
espírito negro me desperta,
O
encanto do meu sonho se evapora,
E
das nuvens de nácar da ventura
Rolo
tremendo à solidão da vida!
AZEVEDO, Álvares
de.
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