Segunda Guerra Mundial – Primeira fase da ofensiva Nazifascista


História

         No mês de setembro de 1939, os alemães cruzam a fronteira polonesa e marcham em direção à Var­sóvia, que se tornou a primeira capital a conhecer um bombardeio aéreo, e utilizam a estratégia blitzkrieg ou guerra relâmpago a fim de que os poloneses não tivessem tempo de armar contra-ataque e se rendes­sem de forma rápida. Os governos da França e da Inglaterra enviaram cartas oficiais ao governo alemão exigindo a imediata retirada das tropas alemãs em território polonês em um prazo de vinte e quatro horas. Se a Alemanha não cumprisse as exigências, estava declarada a guerra. A Alemanha não cedeu as pressões, recebendo as declarações de guerra e conseguindo a rendição polonesa em um mês.

É motivo de prolongadas discussões o porquê de Inglaterra e França não aproveitarem o momento em que os alemães dedicavam suas forças em combater os poloneses e não tenham invadido a Alemanha. Acreditava-se que os rumos da nova guerra seriam semelhantes aos da Primeira Grande Guerra, onde a Alemanha atacava e a França se defendia, até o esgotamento alemão. Em contraponto, a dinâmica de uma nova guerra seria a de uma incrível mobilidade, com bombardeios aéreos e desenvolvimento dos carros blindados.  Durante nove meses, as tropas anglo-francesas esperaram o ataque alemão, dando tempo para que Hitler liquidasse a Polônia e ocupasse mais quinhentos mil quilômetros quadrados, para depois atacá-los.

Em abril de 1940, a Alemanha invadiu a Dinamarca (sem encontrar resistência) e a Noruega, onde ex­pulsou um corpo expedicionário anglo-francês. Em maio de 1940, começa a invasão ao Reino dos países Baixos, que atinge a região mais importante do país, a Holanda, por volta da segunda quinzena.

Esperava-se que a França fosse ter um desempenho melhor no cotidiano de guerra, com ajuda de forças inglesas. Os exércitos franceses tinham mesmo porte militar em termos de homens e equipamentos e, a Alemanha até então não havia enfrentado um exército de outro país que fosse forte. A França não esperava que o exército alemão estivesse tão bem preparado.

Os alemães contornaram as defesas da França posicionadas na linha Maginot (fortificação que con­tornava a fronteira franco-alemã), invadiram a França e contornaram Paris. Parte da França ficou dominada pelos Nazistas e a outra parte formou-se um governo que colaborou com a Alemanha, comandado por Pé­tain e sediado na cidade de Vicky. Em contrapartida a esse governo do Mal. Pétain, Charles de Gaulle co­mandou, por meio da rádio BBC, o grupo franceses livres.

A Inglaterra, apesar da derrota francesa, manteve-se na luta.

 Quando a França estava praticamente derrotada, a Itália proferiu Guerra à França em 10 de junho de 1940, propiciando as vitórias francesas contra o eixo, inúteis. Em setembro de 1940 as tropas italianas que se alojaram no Egito foram obrigadas a recuar para a Líbia. Mussolini, ao ver que as tropas inglesas ganha­vam força, pede apoio a Hitler para combatê-las. Com o reforço nazista, as tropas de Mussolini infringem vigorosas derrotas aos ingleses e os obrigam a recuar.

No segundo semestre de 1940, a Guerra atinge a região do Balcãs. Mussolini desejava mostrar a Hi­tler uma atuação independente com a invasão da Grécia. Suas tropas não conseguem ultrapassar a fron­teira e sofre um contra-ataque Greco-inglês, o que obrigou Mussolini a recuar. Então, Hitler intervém man­dando as tropas nazistas para essa região com o intuito de distanciar os ingleses do Mediterrâneo Oriental e reforçar sua fronte sul para uma futura invasão à União das Repúblicas Socialistas Soviéticas.

Durante os meses de abril e maio de 1941 a Iugoslávia, a Grécia e a Ilha de Creta (base aeronaval britânica) foram dominadas pelas tropas nazifascistas. Dessa maneira os campos petrolíferos da Romênia, que abasteciam as divisões blindadas alemãs (Panzers), ficaram a salvo dos bombardeios de guerra.

Apesar das derrotas, os ingleses conseguem manter o domínio da Ilha de Malta, entre a Ilha da Sicília e o Continente Africano. Mantendo essa base, os ingleses mantiveram certo controle da rota marítima entre o Mediterrâneo e o Egito, o que neutralizou ações italianas nesse mar e propiciou derrotas as tropas nazistas em El Alamein devido à falta de reforços.

A Inglaterra encontrava-se em posição de isolamento. Pelo fato de possuir uma poderosa esquadra, Hitler preferiu a guerra aérea, com o ataque a cidades industriais como Londres.

Inicialmente, as tropas nazistas procuravam atingir pontos estratégicos, no entanto, partiram para um bombardeio indiscriminado na população civil inglesa, de aproximadamente cinquenta e oito mil toneladas de bombas. Em 1940, os nazistas mudaram de foco, devido a perda de mil e setecentos aparelhos de radar e também por planejarem o início da invasão da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas.

Pela Inglaterra localizar-se em uma ilha, Hitler, durante os confrontos, procurou atacar a poderosa esquadra inglesa, mas não em um embate entre navios e sim através do uso de submarinos que afundaram oitocentas e dez mil toneladas de barcos ingleses. Os alemães pretendiam cessar o abastecimento de matérias-primas e alimentos das colônias inglesas para a Inglaterra, de modo a sufocá-la.

A estratégia de Hitler não deu certo pela entrada dos Estados Unidos da América no conflito, em dezembro de 1941. Imensos comboios passaram a atravessar o Atlântico apoiados pela esquadra anglo-estadunidense. Com este apoio especial, começou a caça de submarinos, que foi de trinta e cinco no ano de 1941, até duzentos e oitenta de sete postos fora de combate no ano de 1943.

A entrada do Brasil no conflito gera dúvidas entre os historiadores. Neste tópico serão apresentadas todas as versões.

No item anterior, está a estratégia de guerra adotada pelos nazistas em relação à Inglaterra. Com o apoio estadunidense e a destruição dos submarinos alemães, por conseguinte, os alemães bombardearam todos os navios mercantes que puderam mesmo que fossem de países neutros, como o Brasil.

Entretanto, historiadores argumentam que o bombardeio de nove navios com seiscentos (600) tripulantes brasileiros foi uma represália ao Brasil por ter entrado na Guerra.
Apesar de certas afinidades com os regimes totalitários, Vargas procurou manter o nosso país em posição de neutralidade na Segunda Guerra Mundial. Pretendia, com isso, obter vantagens político-econômicas do conflito. No ministério de Vargas havia tanto simpatizantes do Eixo como defensores das potências Aliadas (como Osvaldo Aranha, ministro do Exterior).

A partir do ano de 1941, o governo brasileiro começou a fazer acordos internacionais para apoiar os Aliados. Como recompensa do apoio, o Governo dos Estados Unidos da América financiou quase toda a Usina Siderúrgica de Volta Redonda, obra que alavancou o crescimento industrial de nosso país. Em troca, o Brasil deveria fornecer minério de ferro e borracha às Potências Aliadas e permitir que militares estadunidenses fossem enviados para as bases militares nordestinas.

Entre fevereiro e agosto de 1942, submarinos alemães torpedearam e afundaram navios brasileiros. A agressão nazista provocou indignação nacional. Multidões de brasileiros protestaram pedindo vingança e guerra contra a Alemanha.

No dia 31 de agosto de 1942, o governo Vargas declarou guerra às potências do Eixo e iniciou planos de envio de soldados.

Nosso país enfrentou sérias dificuldades, pois os Estados Unidos da América forneceram somente cinquenta per cento (50%) do material para a primeira divisão de Infantaria. A modernização do equipamento militar exigia técnicos especializados, elementos que o Brasil não possuía. Após várias contramarchas, a Força Expedicionária Brasileira partiu com um contingente de trinta mil homens.

Em julho de 1944, partiram as primeiras tropas da FEB para lutar na Itália. Mascarenhas de Morais, comandando a FEB, deslocou-se para a Estrada de Bologna, ao lado das tropas anglo-estadunidenses.

A FEB participou das batalhas de Castelnuovo, Monte Castello, Collechio e Fornovo.

Em 29 de abril de 1945, a FEB participou da capitulação da 148ª Divisão Alemã. Com o término da Guerra, jaziam quatrocentos e cinquenta e um (451) pracinhas em Pistoia, sendo as baixas totais da Força Brasileira de dois mil (2.000) homens. A Força Expedicionária Brasileira regressou ao Brasil em julho de 1945, aclamada pelo povo.

A guerra iniciou como um conflito germano-polonês em setembro de 1939 e tornou-se vinte e dois meses depois em um combate europeu-ocidental. Mas não generalizado, pois Suécia, Suíça, Portugal e Espanha (Península Ibérica) permaneceram neutros. O avanço de Hitler era evidente, com a submissão de oito países (abrangendo uma população de mais de cem milhões e um milhão e meio de quilômetros quadrados de extensão), recuo total da França (os nazistas puderam aproveitar toda a estrutura industrial francesa para fins de guerra) e a defensiva inglesa.

Os aliados da Alemanha eram, até então: Itália, Finlândia, Hungria, Bulgária e Romênia.

As forças alemãs tornaram-se uma máquina de guerra, com uma ágil força blindada, estratégias poderosas e um exército motivadíssimo para atacar a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, que culminaria na derrocada nazista. 
 


  

>> Gostou desta postagem? Compartilhe!

Postar um comentário

0 Comentários