Alá, Maomé e o Islamismo

        Antes do Islamismo, os árabes praticavam uma forma politeísta de adoração à Deus. Em Meca, mais precisamente na Caaba, os árabes usavam um meteorito numa construção cúbica como objeto de adoração.
O Islã ou Islamismo surgiu no Oriente Médio no ano 570 d. C. na cidade árabe de Meca. A palavra Islã significa submissão a Alá (Deus) que, segundo Maomé, o único Deus. Além da crença em Alá, acredita-se nesta religião que Maomé é o profeta de Alá, assim como seus companheiros. Estes servem de modelo de vida e são seguidos em atos e palavras pelos islâmicos. Outros personagens como Jesus Cristo e Discípulos também são profetas de Alá, mas não possuem a importância de Maomé. Juízo Final, vida pós-morte no céu ou no inferno também são crenças muçulmanas.
O livro sagrado do Islamismo é o Alcorão/Corão que possui as revelações de Alá feitas por intermédio de Maomé.
O Islamismo não professa o ódio, assim como judeus se cumprimentam em sinal de desejo de paz mútuo, os muçulmanos também, usando as expressões Salam/Shalam. A opção de praticar o terrorismo é um fenômeno recente e se distancia dos preceitos do Corão. Há vários grupos armados dentro do Islã e outras divisões ideológicas, sendo alguns deles citados abaixo:


Al Fatah – A maior facção para a libertação Palestina, foi fundada em 1950 por Yasser Arafat. O grupo foi o primeiro a realizar ataques contra Israel e o primeiro a trocar a violência pela negociação.
Al Qaeda – Grupo terrorista fundado em 1989 pelo saudita Osama Bin Laden para expulsar os estadunidenses da Arábia e da Somália. Estendeu o seu combate a todos os governos não islâmicos ou aliados de Israel. É responsável pelo atentado à embaixada do Quênia (213 mortos) e é o grupo responsável pelo atentado às torres do World Trade Center em 11 de setembro de 2001. Em 2011, Bin Laden foi capturado e morto no Paquistão pelos estadunidenses, após dez anos foragido.
Hamas – A “Resistência Islâmica” foi fundada em 1987. É uma das organizações mais radicais no confronto contra Israel. Seus atentados suicidas com homens-bomba já mataram centenas de pessoas.
Hezbollah – O “Partido de Deus” é o grupo paramilitar mais atuante no Oriente Médio. Surgiu nos anos 80 durante a invasão israelense ao Líbano. Executa atentados e desempenha intensa atividade política.
Jihad – Criada por estudantes palestinos no Egito, atua na faixa de Gaza. Em 1981, esse grupo assassinou o presidente Egípcio Anwar Sadat, partidário da paz com Israel.
PKK – Partido dos Trabalhadores do Curdistão. Grupo da minoria sunita Curda, a maior etnia sem estado do mundo (cerca de 26 milhões de pessoas) que habita a Turquia, o Irã e o Iraque. São acusados de terrorismo pelo governo turco, que realiza uma campanha de limpeza étnica contra os curdos. No Iraque, em 2005, um curdo foi eleito Presidente da República, mas este país passa por turbulências e a questão curda está longe de ser resolvida.
Taleban – Movimento estudantil transformado em Milícia sob a influência do Serviço Secreto Paquistanês. Controlou o Afeganistão de 1996 a 2001, transformando-o em uma teocracia fundamentalista islâmica. quando restringiu direitos das mulheres, baniu a TV e tornou rotina amputação de membros e execuções de criminosos. O Taleban luta pela instauração de um Estado Islâmico, isto é, aplicação dos princípios e fundamentos islâmicos como princípios de aplicação do poder de estado.
Sunitas – Seguem as Sunas, coletânea de atos e falas de Maomé. É a corrente predominante, sendo geralmente mais moderada que os Xiitas (Exceção: Taleban, grupo radical composto por Sunitas).
Xiitas – Seguidores dos Hashemitas, um dos grupos que surgiram após o falecimento de Maomé, que defendem o direito dos descendentes de Ali, primo de Maomé, ao Califado. O Irã é um exemplo de país predominantemente Xiita.

Os muçulmanos possuem algumas normas de conduta a seguir, como: recitar preces; respeitar o período de jejum e exame de consciência chamado Ramadã; “Quando Maomé não vai a montanha, a montanha vai até Maomé” – os muçulmanos já não podem ir até Maomé, mas quando possível devem ir até Meca, o berço dessa religião; Dar Zakat (esmolas, em árabe); etc.
Com antiga conexão com a realeza, o símbolo muçulmano é a lua crescente com uma estrela:
 




O local de oração dos islâmicos é a Mesquita, que não precisam ser construções especiais, apenas atender ao fim proposto.
Estimativas apontam que haja mais de um bilhão de fiéis em todo o mundo, o que representaria mais de um sétimo da população mundial.  Nem todos os muçulmanos são árabes: Afeganistão, Turquia, Indonésia e Suriname são países onde outras etnias adotaram a religião.

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