Matemática
Estamos acostumados a encarar muitas
fórmulas em ciências como Química e Física. A Matemática, por sua vez, ensina e
dá instrumentos para podermos trabalhar com funções ou, em casos mais
específicos, apenas com equações. E, dentro das equações, principalmente quando
temos mais de uma variável, uma delas pode mudar de valor em função do que a
outra oscilar, de maneira crescente ou decrescente, o que define grandezas
direta ou inversamente proporcionais.
[Imagem: Reprodução / TV Globo] |
Para ilustrar a ideia das grandezas, iremos
usar como exemplo uma equação fictícia montada no Programa Mais Você de
01.jan.2018, onde o grande repórter José Hamilton Ribeiro explica a fórmula da
grande reportagem. Até aqui algum estudante mais cético pode pensar: como vou
aprender matemática com algo assim? A resposta é a seguinte: avaliando as
variáveis como em qualquer outra expressão.
Segundo José Hamilton Ribeiro, as variáveis
são as seguintes:
GR = grande reportagem (não em duração, em
trabalho de pesquisa);
BC = bom começo;
BF = bom final;
T = trabalho;
T’ = talento (faltou o ‘ no segundo “T”);
n = expoente positivo qualquer.
Inicialmente, iremos desconsiderar um erro
de escrita da fração – GR, no primeiro membro da equação, não poderia estar com
o traço horizontal logo abaixo, ou poderíamos entender que houve divisão de
toda a equação por aquele denominador, o que não faria sentido.
Olhando a equação, temos que uma grande
reportagem torna-se melhor (ou usando o termo matemático mais correto, maior) à
medida que melhoram (ou crescem) o começo e o final. Assim, nessa nossa equação
exemplo, BC e BF são diretamente proporcionais a GR. Graficamente, seria
possível ver isso ao plotar gráficos de GR em função de BC e de BF, o que
resultaria em uma curva crescente.
Já o termo (T x T’)n, à medida
que ganha valores maiores, diminui os valores de GR (qualitativamente, isso
significaria que maiores trabalhos e talentos levariam a piores reportagens).
Assim, T e T’ seriam inversamente proporcionais a GR.
Aí é que vem a parte interessante. Note que
a equação apresentada, fora o erro com o denominador, não ajusta as “variáveis”
de maneira mais adequada, não condizendo com a belíssima explicação de José
Hamilton Ribeiro. Espera-se que com mais trabalho de talento se tenha
reportagens melhores (ou, matematicamente falando, maiores valores para GR), o
que não aconteceria sob essa ótica. Todas as variáveis melhoram, ou fazem
crescer GR, de modo que todas deveriam ser diretamente proporcionais.
Então outra pessoa pode perguntar: Mas se
trabalho e talento podem ser grandes, mas chegar a um ponto de ótimo, pensando
em máximos e mínimos de uma função, eu não deveria modelar com algo que chegue
a um pico? A resposta é: não, pois talento e trabalho são importantes, mas não
de domínio infinito! E JHR os possui em seu máximo!
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