Um
amor simples, bonito e puro, que brota aos poucos e com o tempo cresce e vigora
é a grande chave desta clássica canção cantada por Chitãozinho & Xororó:
[Vídeo: Romao Gimenes]
Até
hoje ainda me lembro
Era
manhã de setembro
O
sol com intenso brilho
Eu
na frente abrindo as covas
Chiquinha,
menina nova
Vinha
atrás plantando o milho
O
sol dava um bronzeado
No
seu corpinho rosado
Lhe
dando uma cor morena
Cada
grão que ela plantava
Uma
esperança brotava
Como
brota uma açucena
A
natureza não erra
E
os grãos rachando a terra
E
o broto nasceu robusto
Em
cada braça do eito
Coração
roçava o peito
Como
o vento no arbusto
O
milho cresceu depressa
Parecia
uma promessa
Na
minha boca granando
E
no tempo de colheita
Chiquinha,
menina feita
Era
espiga se empalhando
Numa
tarde de pamonha
Eu
sem jeito, com vergonha
Já
pressentia o perigo
Fui
buscar no milharal
Mais
milho para o curau
E
Chiquinha foi comigo
Quebrando
milho na chuva
Eu
tropeçava nas curvas
Do
seu corpinho molhado
Debaixo
do pé de milho
Como
espigas no atilho
Ficamos
os dois atados
Passou
o ano e desta feita
Vamos
ter duas colheitas
O
tempo foi bom pro milho
Enquanto
crescem as espigas
Chiquinha
cresce a barriga
Pra
colhermos nosso filho
□
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