Literatura
Monteiro Lobato foi um grande escritor
brasileiro, tendo escrito obras para as mais diferentes faixas etárias, ficando
na memória de todos a autoria sua do 'Sítio do Pica-pau amarelo'. Porém, não há
algum livro deste autor que tenha este título. Na verdade, o sítio em questão é
o cenário para todas as aventuras.
Historicamente, Monteiro Lobato ficou
conhecido pela forte crítica à obra de Anitta Malfatti, bem como a crítica em
'Cidades Mortas' aos locais do Brasil que seguem a passos de tartaruga. A obra
destinada a crianças e adolescentes foi a última e mais destacada etapa de sua
obra.
[Uma das clássicas capas das obras de Lobato vividas
no ´Sítio’. Imagem: Revistalivro]
As obras infanto-juvenis se destacam por
ensinar em todas as áreas do conhecimento, de maneira não tão simples para o
leitor que está iniciando. Porém, por outro lado, uma obra infantil mais densa
em conteúdo pode ser um estimulo às leituras mais extensas no futuro.
O 'Jeca-Tatu' é um personagem de Lobato
que é infectado por doenças transmitidas pelo solo, que enfraqueciam e
vitimavam inúmeros caboclos, sendo hoje tão esquecidas estas enfermidades mais
comuns no passado. Jeca, ao descobrir o bem causado por andar calçado, colocou
botinas em todos de sua família e até mesmo nos animais.
O sítio do pica-pau amarelo aparece em
diferentes histórias, como: Serões de Dona Benta, A chave do tamanho, Aritmética
da Emília, Caçadas de Pedrinho, Reinações de Narizinho, Emília no país da gramática,
Os 12 trabalhos de Hércules, entre outras. Em todas as histórias, há os diferentes
personagens, cada um com características únicas, bem distinguíveis, como: Dona
Benta, Tio Barnabé, Pedrinho, Narizinho, Tia Anastácia, Visconde de Sabugosa,
Cuca e Rabicó.
Duas coisas importantes devem ser
salientadas. A forma com que as histórias e os personagens são retratados pela
TV difere em parte da obra original, como ocorre em toda adaptação, mas nem por
isso deixa de ser uma espécie de estímulo à leitura. O porquinho Rabicó, por
exemplo, não anda em pé, aparecendo até mesmo em um dos livros a explicação de
Sabugosa das dificuldades de operar o amigo para que ele andasse em pé. A outra
é de que o contexto histórico é diferente, e que expressões distintas das usadas
atualmente ocorrem, bem como explicações históricas. Não é por que os serões de
Dona Benta falam sobre a Mesopotâmia que a criança deve buscá-la no mapa.
De qualquer forma, impossível é não se
encantar e se apaixonar por todas as histórias que se passam no sítio. Muitas e
muitas gerações ainda devem crescer se encantando com essas histórias, desde
que sejam, desde cedo, estimuladas ao prazer destas leituras.
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