As comemorações regionais com festas e
atividades culturais são uma forma de manter vivas as tradições dos diferentes
povos que compõem a maravilhosa mistura brasileira. Nelas, muitas vezes uma
cidade inteira se envolve e trabalha em prol de seu sucesso. Por mais que o
nosso país não esteja ilhado no que se refere à vinda de influências culturais
externas, é preciso incentivar o que é nosso, a fim de que o Brasil mantenha
sua identidade. Vejamos a seguir uma lista com algumas das maiores festas de
cultura regional, algumas até com alcance nacional.
[Festas
juninas: uma especialidade nordestina. Foto: Revista Época]
Festa junina: a casa das festas juninas no
Brasil é o Nordeste, onde diversas delícias feitas à base de milho como a
pamonha, broas, bolo de fubá e de outros ingredientes diversos agradam a todos
por sua simplicidade e sabor. Bandeirolas coloridas se destacam, esbanjando alegria.
São tradicionais também os trajes caipiras, que podem hoje parecer uma grande
brincadeira, mas que representam uma difícil realidade do homem do campo nos
tempos passados, onde era mais barato comprar retalhos de panos diversos e
remendar, ao invés de comprar calças e camisas novas. Para fechar, um bom e
velho forró.
[Ginetes
desafiam cavalos, em uma luta de mano-a-mano. Foto: Anelise Donazollo, Rodeio
de Vacaria]
Rodeio Crioulo Internacional de Vacaria -
RS: É o maior rodeio brasileiro no estilo de rodeio gaúcho, ou, como dito na
última edição, a copa do mundo dos rodeios, com provas de gineteada em cavalos
xucros, tiro de laço, trovas, chula (um tipo de sapateio), e competições de
dança. Também há acampamento no local e shows de música tradicional gaúcha,
abertos ao público ou pagos.
Bumba-meu-boi: É realizado em todo o país
mas, como a forma e a época do ano variam, pode ser considerada uma grande
festa regional. No mês de junho, as festividades ocorrem na região amazônica
(veja abaixo o Festival Folclórico de Parintins), também estando presentes nos
estados de Mato Grosso e Rio de Janeiro. Boi-bumbá, cabra-bom, Pai Francisco, caçador,
Mãe Catirina, médico e pajé são os personagens da festa, que remetem às classes
sociais do período colonial, marcadas pela monocultura, escravidão e criação
extensiva de gado.
[Desfiles
se destacam por alegria e criatividade em fantasias e carros alegóricos. Desfile
da escola União da Ilha. Imagem: G1]
Carnaval do Sudeste: por ter-se
disseminado por vários cantos do país, é considerado por muitos como a maior
festa popular brasileira, se considerado apenas como 'carnaval'. No sudeste,
esta festa ocorre em blocos de rua, com as famosas marchinhas, ou em
sambódromos, com escolas de samba disputando o titulo. Nesta região do país, o
samba é o ritmo da festa, seja ela onde for.
[Festival
de Parintins – Imagem: Facebook – página oficial]
Festival Folclórico de Parintins –
Realizado na cidade amazônica de mesmo nome, tradicionalmente no último final
de semana do mês de junho. Neste festival, que ocorre a céu aberto em um
edifício na forma de uma cabeça de boi, competem duas vertentes: a do boi
vermelho ou Garantido; e a do boi azul ou Caprichoso, sob os olhos de trinta e
cinco mil pessoas, que é a capacidade de tal edifício, chamado de Bumbódromo. O
Festival de Parintins é realizado desde o ano de 1965, tendo sido disputado em
diferentes locais. As ‘batalhas’ ocorrem durante três dias, em apresentações
que resgatam a história e a cultura dos povos do Norte do Brasil.
[Festa
da Uva se destaca por trazer a identidade da imigração italiana às novas
gerações. Imagem: site oficial]
Festa da Uva – Na cidade gaúcha de Caxias
do Sul, um dos principais polos brasileiros de imigração italiana no sul do
Brasil, são realizados desfiles temáticos e, em pavilhões destinados à festa,
são realizados shows regionais e nacionais, além de exposição de produtos
coloniais e degustação da fruta. Anexo aos pavilhões, há um espaço contendo uma
reprodução de como eram as edificações da cidade (casas, estabelecimentos,
fazendas) à época de suas primeiras povoações.
[A
bravura de peões é movida pelo gosto do perigo e da conquista. Imagem: Revista
Veja]
Festa de peão de Barretos - SP: É o maior
rodeio brasileiro no estilo sertanejo-country, tendo como principal atração a
montaria em touros bravos, em determinado tempo, entre outras atrações. Nestes
moldes até ocorrem festas de peão em outros países, como os Estados Unidos, mas
os touros aqui criados e utilizados na competição são considerados os mais
bravos de todos, o que engrandece ainda mais o tão cobiçado título.
[A
combinação alemã típica: dança e chope (melhor dizer assim). Imagem: Oktoberfest
Blumenau]
Oktoberfest: as cidades de povoamento
alemão no sul do país, principalmente Blumenau-SC e Santa Cruz do Sul-RS,
durante o mês de outubro, realizam uma grande festa, com diferentes
competições, música e dança tipicas, bem como o cardápio, com bastante chope,
batatas, salsichões, cucas e outras delícias. Também ocorrem desfiles
temáticos.
[A
festa, na foto realizada em Pirenópolis – GO, possui origem açoriana. Imagem: Tyba]
Festa do Divino: É realizada em diferentes
regiões, porém tem suas raízes mais fortes no Centro-oeste do Brasil, com
origem portuguesa, mais precisamente açoriana. Os açorianos tiveram esta
manifestação cultural fortalecida como forma de pedir proteção ao Espírito
Santo contra as catástrofes naturais que atingiram o arquipélago. Sua
disseminação aqui no Brasil ocorreu durante o período da mineração e segue
sendo realizada nas cidades goianas que datam do século XVIII, sendo menos
influente em cidades que surgiram após este período.
[Frevo
e bonecos gigantes movem a multidão. Imagem: G1]
Carnaval no Nordeste: já no Nordeste, esta
festa que é herança lusitana é movida ao som do frevo. Assim como no Sudeste, o
ritmo que se adotou é bem rápido, para não deixar a alegria escapar. Na dança
do frevo, são incluídas diversas acrobacias, roupas coloridas, bonecos gigantes
e o uso de guarda-chuvas coloridos (os acessórios não poderiam ser melhores e
mais contextuais). Também são tradicionais, principalmente na Bahia, os trios
elétricos, de cantores consagrados na batida baiana.
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