Antes de qualquer coisa, vamos definir o
que é o grau de uma equação polinomial. Veja abaixo a forma geral de um
polinômio:
P(x) = axn
+ bxn – 1
+ cxn – 2
+ dxn – 3
+ ... + x 1
+ x0
O grau de um polinômio nada mais é do que
o valor de n (n pertence aos Naturais, incluindo o zero). Quando n é igual a 1,
diz-se que a equação é do primeiro grau; se for igual a 2, diz-se do segundo
grau, e assim sucessivamente. O grau de uma equação polinomial indica o número
máximo de raízes ou zeros que satisfazem àquela equação, além de indicar a
possibilidade de resolução usando os coeficientes (constantes que ’acompanham’
a variável), pois só é possível resolver equações até o quinto grau usando
apenas os coeficientes, até então.
As equações de primeiro grau são da forma
ax + b = 0. Para resolvê-las, somamos –b a ambos os membros, obtendo ax = -b.
Em seguida, dividimos ambos os membros por a, obtendo x = -b/a, que é a raiz
desejada. Exemplos:
1 – 5x + 8 = 0
5x
+ 8 – 8 = 0 – 8.
5x/5 = - 8/5.
x
= - 8/5. □
2
– 2x
+ 15 = 0
2x
+ 15 – 15 = 0 –
15.
2x/2 = -15/2.
x
= -15/2. □
Geralmente omitimos, por conveniência, as
etapas que ocorrem durante a resolução. Isto não indica que elas deixaram de
ocorrer! Apenas se facilita o trabalho:
1 – 5x + 8 = 0
5x
= – 8.
x = - 8/5. □
2
– 2x
+ 15 = 0
2x
= – 15.
x=
-15/2. □
O gráfico de uma função polinomial de
primeiro grau é uma reta. Neste caso chamamos estas funções de afins ou
lineares (se b igual à zero). As raízes ou zeros destas funções são os pontos
em que o eixo x é interceptado, veja:
1 –
Gerador de gráficos do
Google.
2 –
Gerador de gráficos do
Google.
Antes de tudo, esta é a interpretação
gráfica da(s) raíz(es) de qualquer equação. Além disso, o gráfico de uma
função polinomial de primeiro grau representa a inclinação das retas tangentes
à cada ponto no gráfico de uma respectiva função polinomial de segundo grau, ou
seja, a derivada de uma função polinomial de 2º grau é uma função polinomial de
1º grau.
As equações de segundo grau admitem duas
raízes reais. Há diversas maneiras de calculá-las, usando as Relações de Girard
ou a Fórmula de Bhaskara. Relacionando as equações de segundo grau à forma
genérica ax2 + bx + c = 0,
podemos encontrar suas raízes usando os coeficientes, pelas fórmulas abaixo:
A primeira é chamada fórmula do
discriminante. Ele possui este nome, pois, de acordo com o seu valor, podemos
saber se a equação possui uma raiz dupla (real), duas raízes (reais) ou um par
de raizes imaginárias; se seu valor for igual à zero, maior que zero ou menor
que zero, respectivamente. A segunda é a fórmula de Bhaskara, que nos diz,
através dos coeficientes, quais são estas duas raízes. Exemplo:
3 – x2 –
5x + 6= 0
Δ = (- 5)2 –
4 ∙ 1 ∙ 6.
Δ = 1 (esta
equação possui duas raízes reais, portanto)
x1 = 2, x2 =
3.
S
= {2, 3}. □
As raízes são dispostas em um conjunto
chamado Solução, ao qual representaremos por S, em ordem crescente. O sinal
mais ou menos disposto na fórmula de Bhaskara indica que serão usadas as duas
raízes do discriminante (positiva e negativa, não apenas o módulo), cada uma
resulta em uma raiz ou zero distinto da equação.
O gráfico de uma função polinomial de
segundo grau é uma parábola, que é o espaço geométrico em que todos os pontos
equidistam de um ponto fixo chamado foco e de uma reta chamada diretriz, mas
não estenderemos o assunto. As coordenadas do vértice deste gráfico são dadas
por x = - b / 2a e y = - Δ /
4a. Veja o gráfico do exemplo 3, e confira em quais pontos ele intersecta o
gráfico do eixo x:
3 –
UOL
As funções de segundo grau indicam a
inclinação das retas tangentes ao gráfico das curvas de funções de terceiro
grau, ou seja, as funções quadráticas são derivadas das funções cúbicas.
Em posts posteriores, seguiremos com este
assunto, indicando o método de solução de equações biquadradas, decomposição em
binômios e relações de Girard.
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