TEX WILLER BLOG
Oh
de casa! com licença
Parceiro de campereadas
Trago poeira das estradas
Além da canseira imensa
Agora na sua presença
De alma tão generosa
Peço dois dedos de prosa
Antes que o tempo me vença.
Venho
de tempos antigos
Onde as consciências nasciam
E os homens também viviam
Querendo ser bons consigo
E depois de andar comigo
Por este mundo de Deus
Encontrei poucos dos seus
Que dão valor pra um amigo.
Assim
como o changueador
Ganho a vida como tantos
Não creio em todos os santos
Nem confio em maneador.
Mania
de trançador
De laço, rédea e maneia
Quem cobiça a flor alheia
A sua muda de cor.
Quem
cobiça a flor alheia
A sua muda de cor.
Não
vê que nasci campeiro
No cerro das arumbevas
Quebrei queixos de malevas
Arrucinei caborteiros
Agora, aqui no povoeiro
Descobri com os pequenos
Até a honra vale menos
Quando se fala em dinheiro.
Quem
sabe consigas ver
Rufar de cascos, bufido
Cantar de galo, alarido
Antes da luz renascer
Os que vivem do poder
São mestres da outra ponta
Nem ao menos se dão conta
Que o importante é o saber.
Assim
como o changueador
Ganho a vida como tantos
Não creio em todos os santos
Nem confio em maneador.
Mania
de trançador
De laço, rédea e maneia
Quem cobiça a flor alheia
A sua muda de cor.
Quem
cobiça a flor alheia
A sua muda de cor.
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