Já
apresentamos aqui alguns métodos de derivação para as funções potência, funções
cíclicas, funções exponenciais, funções compostas de produtos e quocientes.
Agora, iremos estender um pouco mais este assunto, incluindo a derivada da soma
e diferença de funções, funções logarítmicas, e uma nova visão sobre a derivada
das funções exponenciais. A regra da cadeia, necessária ao cálculo de
derivadas, também será abordada neste post.
Quando
temos uma função que é a combinação entre duas funções somadas, por exemplo,
f(x) = x2
+ 2x, e desejamos saber f’(x), calculamos as derivadas das funções x2
e 2x e as somamos. Dessa forma, f’(x) = 2x + 2. Podemos enunciar este fato
como: “a derivada da soma é igual à soma das derivadas”. Relembrando, a
regra da potência foi utilizada para derivar x2
e x, e como 2 é uma constante multiplicando uma função, a derivada de x foi
multiplicada em termos deste fator. O mesmo ocorre em qualquer caso deste tipo.
No caso da diferença, apenas temos um fator negativo multiplicando uma das derivadas.
Exemplo: g(t) = 4t3 – 5t2 e
g’(t) = 12t2 –
10t. □
Dissemos anteriormente neste blog que a derivada de uma função exponencial é dada por (ax)’ = f’(0)ax. O problema desta fórmula reside no fato de que nem sempre conhecemos o valor de f’(0). Claro que, especificamente na função exponencial natural, o valor de f’(0) é igual a um, indicando que a derivada desta função é a própria função exponencial natural. Todavia, para bases diferentes de e, precisamos de outro método de cálculo desta derivada. E este método é dado pela fórmula (ax)’ = axln a.
Exemplos:
(2x)’
= 2xln
2
(ex) = exln
e = ex
(como ln e = 1, vemos novamente que a derivada da exponencial natural é
ela mesma)
(πx)’
= πxln π,
pois o número “π”
é uma constante. □
A regra da cadeia é o método de cálculo da derivada de funções compostas (lembre-se: combinação e composição são coisas bem diferentes) baseada no seguinte fato: se há uma função h tal que f ◦ g, intuitivamente poderíamos pensar que, a função f e a função g possuem taxas de inclinação próprias. Se g varia duas vezes e f varia quatro vezes em relação à x, h varia oito vezes em relação à x. Por isso, não podemos afirmar que a derivada do produto é o produto das derivadas e há uma fórmula específica h’ = f’g + fg’ para isso. O mesmo vale para a derivada do quociente, que é dada por (gf’ – fg’)/g2. Então, “a derivada de uma composta é o produto das derivadas” e esta regra permite a derivação de funções mais complexas. Calculamos a derivada da função ‘de fora’ para a função ‘de dentro’ vezes a derivada da função ‘de dentro’.
Exemplo I: saber a derivada c’(t) da função c(t) = t2 senπt.
A derivada desta função usará a regra do produto e da cadeia. Primeiro, aplicamos a regra do produto:
c’(t)
= t2 (senπt)’ + (t2)’ senπt.
Em seguida, a regra da cadeia em senπt, que é a composição entre as funções f=πx e g=senx.
Então: c’(t) = t2 (cosπt x π) + (2t) senπt = 2tsenπt + πt2cosπt.
Em seguida, a regra da cadeia em senπt, que é a composição entre as funções f=πx e g=senx.
Então: c’(t) = t2 (cosπt x π) + (2t) senπt = 2tsenπt + πt2cosπt.
Exemplo II: deseja-se conhecer a derivada da função y = (1 – x2)10.
Aplicando a regra da cadeia e depois a regra da soma, obtemos:
y’
= [10(1- x2)9] [ -2x] = -20x(1- x2)9. □
No caso da derivação logarítmica a fórmula para o cálculo é a seguinte:
(logax)’ = 1/ x ln a.
Esta fórmula é demonstrada por meio de derivação implícita, assunto de posts posteriores. No caso da função logarítmica natural, ln e = 1, (ln x)’ = 1/x. Esta derivada especial permite maior facilidade em derivações usando as propriedades dos logaritmos, mas esta técnica também faz parte da derivação implícita.
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