Coparentalidade, multiparentalidade e as novas formas de começar uma vida para um filho

Cultura e Comportamento


Dentro da família tradicional, considerando pai, mãe e filhos provenientes dessa relação, surgiram as primeiras regras do direito, na forma de Leis, Decretos, Normas e outros dispositivos legais. Entretanto, os formatos de família foram mudando e se diversificando dentro da sociedade brasileira. Da mesma forma, visando acompanhar essas mudanças, novos elementos legais surgiram, abrangendo as transformações. Dois exemplos podem ilustrar essa nova realidade: a coparentalidade e a multiparentalidade.

http://www.oblogdomestre.com.br/2017/12/Multiparentalidade.Coparentalidade.ConceitosEQuestoes.Cultura.html
[“Família”. Imagem: Clínica Intervir]



Começando pela multiparentalidade, vamos à ideia de pai e mãe. Vamos supor que, durante a infância, um pai ou mãe adotivo criaram um indivíduo; ou mesmo um avô ou avó. A consideração pela pessoa que deu afeto e propiciou a educação e valores pode ser grande, mas o amor por quem deu a vida e concebeu pode ser tão grande quanto, de modo a serem considerados pais e mães ambos os indivíduos. Esse sentimento poderá ser expresso, nos termos da Lei, com o registro da multiparentalidade, acrescendo outras pessoas na função de pais e mães em documentos oficiais.

Já a coparentalidade é um tema mais complexo. Assim como algumas pessoas não desejam firmar compromisso (seja por não desejarem viver juntas com outra, seja pelo simples desejo de ter relações sexuais apenas), outras desejam apenas ter filhos. Nos casos de coparentalidade, o único vínculo é a criança gerada, muitas vezes por meio artificial.

Na visão de quem é contrário à coparentalidade, considera-se que não há os benefícios do convívio familiar com pai e mãe, tão construtivo para uma criança. Começa-se uma relação semelhante a pais recém-separados, onde apenas um filho os une, sendo questionado o conceito de família. Por outro lado, há quem pense que a vontade de ter um filho gere bons pais, pois esse é o objetivo principal, e a considerada “família tradicional” possui seus desgastes e seus problemas também, como vícios diversos (machismo, violência doméstica, etc.).

Não há perfeição no mundo, muito menos no que acontece no âmbito familiar, independendo do tipo de escolha que o indivíduo realize. O importante é que cada um esteja ciente das implicações de sua escolha. Casamento exige compromisso, amor, entrega... e ambos precisam ter a mesma vontade em relação a ter ou não filhos. Quando alguém não se vê nessa condição para outra pessoa, precisará pensar que, mesmo um filho gerado em condição coparental precisará de carinho, cuidado, dedicação – há amparo legal para ambas as condições, mas nunca poderá ser deixado de lado o mínimo de esforço para formar uma pessoa completa em todas as suas necessidades e virtudes. E é preciso ver que pode ser alguém desconhecido que irá compartilhar a responsabilidade da paternidade/maternidade, responsabilidade esta que é bastante grande.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                        


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