A Gestão de Facilities

Mercado da AEC


O mercado da Construção Civil no Brasil anda conforme a marcha que a economia nacional define. Em geral, a maior parte dos produtos oferecidos ao mercado se destina a criar, projetar e construir novas edificações. Entretanto, a maior fatia dos investimentos em edifícios, principalmente para fins comerciais, ocorre ao longo da vida útil, representando uma expressiva fatia de mercado pouco explorada. 

http://www.oblogdomestre.com.br/2017/09/GestaoDefacilities.Construcao.Variedades.html
[Exemplo de gestão de facilities em estabelecimento de saúde. Imagem: Hospitalar]



Em outros locais do mundo, em função da baixa disponibilidade de espaços físicos para novas edificações, há uma forte cultura do retrofit (remodelar edifícios pré-existentes). Outro item importante reside na alta quantidade de sistemas tecnológicos e de instalações (água quente, água fria, esgoto, eletricidade, telefone, internet, climatização, monitoramento, gases, prevenção contra incêndio, TV, som, alarme, dentre outros) nos edifícios mais modernos. Gerir adequadamente tudo isso pode ser uma tarefa e tanto!

Aliando-se à importância estratégica de gerir espaços e ativos dentro de empresas, surge a gestão de facilities. Esta disciplina de trabalho consiste no gerenciamento de todos os sistemas prediais, com suas manutenções, bem como o manejo de espaços, mudanças de layout e compras de equipamentos, dentre outras atividades.

A gestão de facilities envolve conhecimentos das áreas de engenharia e arquitetura, podendo assumir também elementos até da psicologia. Ela visa não só realizar serviços de manutenção predial, mas propor formas otimizadas no uso de espaços e recursos, colocando sempre a construção a favor do desempenho empresarial, por meio de gestão adequada.

Um exemplo pode ser o remanejo de funcionários em estações de trabalho visando maior produtividade e proximidade ao desenvolver projetos em comum. Mas, para este tipo de decisão ser tomada de forma assertiva, é importante contar com ferramentas adequadas. Planilhas podem ajudar em empresas de menor porte, mas representam riscos em grandes empresas e massas de dados.

Uma forma de gerir pode ocorrer por meio de um processo de inventário de ativos e informações advindas de um sistema de banco de dados. Para tornar a gestão ainda mais eficiente, o gestor de facilities necessitará de dados de uso (que podem ser integrados em softwares de gestão). Conforme a ferramenta computacional utilizada, insere-se a arquivos georreferenciados, pranchetas 2D ou modelos 3D, os quais são transformados em bancos de dados mais intuitivos aos usuários, pois a informação se dispõe junto ao espaço.

Um gestor de facilities precisa de informações sobre o uso de espaços e ativos, as quais podem gerar indicadores. Neste ponto, com benchmarking, podem ser criadas novas estratégias que podem maximizar lucros de uma empresa. Em instituições públicas, o foco pode ser diferente: dentro de um orçamento estabelecido, pode-se definir se demandas de novos espaços e edifícios são realmente necessárias, pois podem existir espaços ociosos ou a demanda não ser suficiente para justificar novas edificações. Outro ponto a destacar é que, dentro das instituições públicas, o órgão é responsável pela construção (licitando para contratação de empresa construtora que a faça) e é encarregado da manutenção predial posterior.

A área de gestão de facilities tende a crescer no Brasil, a exemplo do que já ocorreu em vários países do mundo. A quantidade de profissionais aptos a realizá-la ainda é pequena, o que eleva salários para a função. Universidades públicas e privadas, em seus cursos de graduação e pós-graduação nas áreas de AEC tendem a incorporar disciplinas próprias ou que venham a envolver este mundo novo de pensar na edificação depois que esta saiu da prancheta e do papel.


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