Marcha das Vadias

 
A Marcha das Vadias é uma manifestação da população feminina que ocorre em diversas capitais do mundo, tendo sua origem no Canadá. Mulheres vestem a camisa (ou melhor, a tiram) em prol da luta pela mudança da visão da mulher, reconhecimento dos direitos femininos, salários iguais; enfim, todas as reivindicações da classe feminina. À parte das nobres causas, fica a pergunta: o modo com que se expressa anseios e vontades é indiferente?
Conforme mencionamos no nosso último post de máximas, tweets e ditos populares, na última edição paulista da manifestação, havia um cartaz que dizia: “Queremos respeito! Mulher não é só bunda e peito”, conforme imagens do portal de notícias G1:

Fábio Tito / G1

 Todavia, o modo como nos expressamos faz toda a diferença. Por exemplo: dois cantores diferentes interpretando a mesma música podem agradar a diferentes públicos, apesar de que a essência seja a mesma. Justamente o lado pelo qual não se busca dar ênfase neste tipo de manifestação é que acaba sendo mais exposto: a mulher como objeto sexual.
Os direitos da mulher ainda não são plenos e precisam ser protegidos. Questões como o aborto já estão em pauta na reforma do Código Penal. Estupro e violência doméstica precisam ser combatidos com maior rigor. No caso da Violência Doméstica, a mulher precisa ser acompanhada psicologicamente antes e após a denúncia, pois muitas esposas gostam de seus maridos e não têm coragem para pôr fim nisto. Intelectualmente, uma mulher tem plena capacidade para trabalhar nas mesmas funções masculinas e, desta maneira, merece receber salários iguais.
O apelo popular é o único ponto forte deste tipo de manifestação, em que os desafios são grandes, entretanto faz-se necessária outra forma de manifestação que apele menos para a vulgaridade e mais para a causa em si, sem desviar as atenções.  □

Fábio Tito / G1 

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